Arquitetas apresentam Projeto de requalificação do prédio da Estação Ferroviária
Redação Folha Popular
Na noite de terça-feira (20/06) a Coordenadora de Relações Institucionais e Captação de Recursos, Vera Rejane Prestes dos Santos Martins, conduziu audiência pública onde foi apresentado novo projeto de requalificação do prédio da Estação Ferroviária localizado no Parque da Estação.
A requalificação do espaço é necessária, pois o atual prédio não possui condições mínimas de segurança, tornando impossível seu uso. Com isso, as arquitetas Luisa Hering, Mirela Dalmas e Renata Tosi realizaram o projeto, baseado na história da Estação Férrea, deixando as principais marcas visíveis. Além disso, a proposta reforça algumas obrigações legais, como a NBR 9050/2015, que trata da acessibilidade das edificações, a NBR 9077/2011, que considera as saídas de emergências em edificações e a Lei Municipal 3364/2017, que trata do Código de Obras da cidade.
Durante a apresentação, as arquitetas mostraram imagens da edificação atual, que possui diversas avarias no reboco, estruturas comprometidas devido ao vandalismo e também as intempéries. O telhado está em estado de degradação, comprometendo a edificação e inúmeras fiações estão expostas, oferecendo riscos à comunidade. Na parte interna, os espaços sofrem com a falta de manutenção, além de não estarem de acordo com as normas municipais, estaduais e federais.
A grande mudança estética, que foi sugerida no projeto é a inclusão de uma área de entrada para facilitar o acesso ao auditório. Esse novo espaço está localizando entre a Casa Operária e o Prédio da Estação e deve trazer funcionalidade, além da reutilização de espaços, adequação às normas de segurança, de acessibilidade e as prescrições municipais. Este anexo é todo projetado em vidro, metal e concreto cru, e atende a “Carta de Veneza”, que serve como referência sobre conservação e restauros de monumentos e sítios. Em seu artigo 9º, a Carta de Veneza destaca que: “no plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo”. Ou seja, deve ser construído com materiais e estilo diferente ao da construção original.
Após a apresentação técnica conduzida pelas arquitetas, para as cerca de 40 pessoas presentes, o representante do Ministério da Cultura, Álvaro Franco, destacou sentir-se feliz em estar em uma comunidade aberta a discutir um projeto. “Um projeto que se preocupa efetivamente na questão da restauração, de dar novamente eficiência ao produto da atividade humana”, enfatiza.
A sugestão de projeto apresentada na audiência pública faz com que o espaço do Prédio da Estação apresente uma área de entrada com acessibilidade e banheiros, um auditório com palco para 74 pessoas e o local atualmente ocupado pela Secretaria de Desenvolvimento Turístico, Indústria e Comércio, se transformaria em um espaço para exposições permanentes ou itinerantes. Com custo estimado em R$2.762.000,00, os recursos para futura obra devem ser obtidos através a Lei Rouanet, do Governo Federal. Assim, Álvaro Franco destaca que os projetos para obter recursos federais devem atender a alguns requisitos básicos, que são os de acessibilidade e de futuro uso pela comunidade. Ele ressalta que o projeto apresentado tem totais condições, sendo adequado para a captação dos recursos federais.
A reunião contou com a presença do Prefeito, Evandro Zibetti, do Vice-Prefeito, Beto Da-Fré, do Diretor da PROARTE, Dayan Santarosa, do Coordenador Geral de Governo, Aldo Parolin, do Vice-Presidente da Câmara de Vereadores, Enio Grolli, do representante do Ministério da Cultura, Álvaro Franco e dos vereadores Mateus Chies Guerra e Maria Rosalia Freitag Cousseau.