“Agronegócio – Desafios e oportunidades de nossas carnes no mercado global” foi a palestra proferida pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, na noite de sexta-feira (10/11), no auditório do Prédio 11 da Univates. O evento foi promovido pela Associação dos Médicos Veterinários do Vale do Taquari (Amvet).
Turra destacou que 66,3% do território nacional é preservado. “Esse percentual é muito maior do que na maioria dos países. Na Europa, por exemplo, a área preservada é de 0,3%. No Brasil, usamos 100 milhões de hectares para fazer agronegócio e o país tem aumentado sua produtividade, o que é um indicador bastante importante”, analisou ele.
O palestrante da noite citou as dificuldades que outros países em relação a recursos naturais para o agronegócio, dando como exemplo a temperatura média do país que fica em quase 25ºC, enquanto países como a Rússia tem a temperatura média de – 5ºC. Turra afirmou ainda que as exportações do país representam apenas 1,4% do comércio mundial, embora o setor represente quase 7% do mercado e o superávit do agronegócio brasileiro seja um dos maiores do mundo e tem sustentado a economia nacional.
Sobre o consumo de proteína, o ex-ministro afirmou que o consumo per capita é de 75kg por ano e que a produção de aves e suínos chega a R$ 80 bilhões, gerando 4,1 milhões de empregos. “Em relação à produção de proteínas animais, vejo que há uma grande oportunidade para exportação de ovos e para a piscicultura”, afirmou ele.
Na abertura do evento, o pró-reitor administrativo Oto Moerschbaecher afirmou que o agronegócio é responsável por cerca de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. “O setor é extremamente importante para a região e, por isso, também é para a Univates. Abrimos espaço em nossa Instituição para esse tipo de discussão. Somos e queremos ser parceiros do segmento, já que a Univates tem como objetivo ajudar as pessoas daqui a se desenvolverem e a melhorarem sua qualidade de vida”, afirmou ele.
Moerschbaecher afirmou que a Instituição também busca contribuir com o setor. “Desde 20017, por exemplo, temos laboratórios que realizam análises para atestar a qualidade do que se produz na região. Anualmente são realiazdos 20 mil ensaios laboratorial”, afirmou ele, acrescentando que os laboratórios são credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O presidente da Amvet, Gilberto Moacir da Silva, destacou a atuação de 40 anos da entidade, saudando os ex-presidentes presentes. Segundo ele, a categoria é uma das principais envolvidas na cadeia produtiva de aves e suínos da região e é responsável por boa parte dos empregos gerados no campo.
Também se pronunciaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag) de Lajeado, Douglas Sandri; e o Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Adriano Guahyba.
Após a palestra, houve um debate com o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, e o presidente executivo da Cosuel/Dália Alimentos, Carlos Alberto Freitas.