A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Arnaldo José Diel está localizada na Linha Lenz, interior do município de Estrela. Por ser da área rural, valoriza também o meio que a cerca. Dentro deste contexto, realiza em 2018 o projeto “Semeando Valores para Transformar”. Uma das ações é o cuidado com a horta da escola, em que os alunos dedicam um pouco do seu tempo para o espaço agrícola local.
De acordo com a diretora Ligia Inês Lohmann, entre as iniciativas anuais da escola, que hoje atende a 183 alunos, está o cuidado com a horta e os canteiros. “Na última semana, de forma voluntária, alguns estudantes dos anos finais, auxiliados pelo motorista Julio Nicolay, foram preparar o solo. Foi apenas uma parte do processo”, diz. “Buscamos incentivar e valorizar estas atividades. Vamos esperar passar estes dias mais quentes e, agora com os alunos dos anos iniciais, no turno inverso, realizar a semeadura”, explica Ligia. O fato de o projeto maior ter em seu nome a palavra semear é uma feliz coincidência, afirma a diretora. “Claro que por ser uma escola do interior sempre buscamos algo que faça alguma referência a isso. Mas todos os anos realizamos esta ação. Um vizinho da escola sempre dá a primeira lavrada na terra antes do início das aulas. Agora uma mãe nos ofereceu inclusive algumas mudas de moranguinho. Já estamos pensando em ter um canteiro para esta fruta”, revela.
Mão na terra
Entre os estudantes voluntários estava Arthur Henrique Wermann. O jovem de 14 anos diz ter cumprido a função com prazer. “Eu gosto. Moro no interior. Tenho horta em casa e lá ajudo sempre que posso. Tenho que ajudar aqui também. Mas faço porque me sinto bem”, relata. “Acho que os mais jovens, mesmo os do interior, deviam fazer mais isso. Pena que as pessoas hoje não gostam mais de sujar suas mãos com a terra”, destaca. O projeto não para aí, pois depois há o cuidado com a manutenção do espaço e a colheita das hortaliças. “O que colhemos na horta, como as cenouras, beterrabas, tempero verde e outros alimentos aqui plantados, é utilizado na nossa cozinha, para fazer o almoço ou merenda dos estudantes. E quando há sobras distribuímos entre os alunos, principalmente para aqueles que nos ajudam nestes e outros projetos, até como forma de incentivo.”