Diversas propostas pedagógicas de incentivo à leitura têm sido trabalhadas nas escolas municipais de Estrela, ainda mais com a aproximação da 8ª Feira do Livro – “Para além de ler ver o mundo” (de 2 a 6 de outubro). E mesmo entre os mais pequenos, que ainda não sabem ler, as dinâmicas neste sentido são constantes. Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Raio de Sol, atividades têm sido realizadas ao longo das últimas semanas neste sentido, alguma envolvendo as famílias dos mais de 115 alunos do Bairro Oriental, e feito destas agentes propagadores do apego aos livros.
Uma das propostas veio com o Projeto “O que tem nesse baú?”. A turma do Maternal B ensaiou música e até se fantasiou para apresentar aos demais colegas da série o misterioso móvel. Dentro, a grande surpresa: obras infantis do escritor Jonas Ribeiro, um dos autores que estará presente à Feira do Livro de Estrela, como “Os Bolos Gigantes”, “Carrinho movido a carinho” e “É uma janela ou uma banguela”. Também objetos que fazem parte das histórias e depois utilizados para mais uma sessão da Hora o Conto, preparada pela professora Fabiana Erichsen. A escolhida da vez foi “Os Bolos Gigantes”.
Também inspirados na obra Os Bolos Gigantes, recentemente a Emei lançou o projeto “Família Educadora: a união para fazer o bem”. A coordenadora Cristiane Luceno explica que as famílias foram convidadas a participarem de momentos de integração com as crianças nas escolas. Lançado ainda em julho, as expectativas foram superadas e o projeto adentrou pelo mês de agosto. Foram mais de 30 visitas. Algumas de pais, outras de avós, tios e mesmo irmãos de alunos, quando não em certas ocasiões a família inteira. Houve casos que avós relataram costumes e tradições e para completar este contexto prepararam bolos e doces. “Cada família buscou o seu jeito de interagir com as crianças, e assim surgiram cantigas, jogos, brincadeira e contos de histórias. Quando não sabiam como ou o que fazer, apresentávamos alguns destes livros que estarão na feira e estão sendo trabalhados com as crianças. Assim cada um encontrava a maneira que ficava mais à vontade para contar a história. Alguns pais trouxeram objetos, brinquedos, roupas, cantaram músicas, enfim, tudo que ajudasse nessa interação”, detalha Cristiane.
A professora Tania Diedrich, da turma do Maternal A, revela. “As crianças se encantavam a cada visita e convidavam a todos para participarem mais vezes da aula.” Nas turmas dos Jardins não foi diferente. Elisete Weber, mãe de Amanda Ledemas, da turma Jardim A, comenta. “Vim após muita insistência da minha filha, e não me arrependo. Gostei muito da experiência de contar uma bela história à turma”, diz. Débora Kich, mãe do aluno Diogo Kich, contou ao Jardim B a história “É uma janela ou uma banguela”. “Me apaixonei pelo livro e, inclusive, trouxe alguns dentinhos do Diogo para mostrar aos colegas. Foi muito interessante participar desse momento junto a ele, conhecer mais de perto seus amigos e observar com mais calma o espaço onde permanece boa parte do dia”, comenta.
Outra proposta realizada semanalmente é a “Leitura Deleite”. No dia de retirada dos livros da biblioteca local para se levar para casa, uma história em especial é escolhida pela professora e então contada a céu aberto, no pátio da escola. A diretora Marciane Eidelwein ressalta que a Raio de Sol está sempre aberta à comunidade e que ao conhecer melhor esse espaço as famílias ficam mais seguras em confiar seus filhos à instituição. “Trazer os pais para perto da escola e aumentar a participação foi um dos objetivos traçados para o ano”, revela. “A escola é uma grande família que trabalha em função do bem. Dessa forma, ao trazer a comunidade para dentro desse espaço se estabelecem relações de parceria e confiança, tornando todos os envolvidos responsáveis pela formação de uma sociedade mais justa e fraterna.”