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Agentes de saúde recebem novos materiais para coleta de larvas e combate ao Aedes aegypti em Lajeado

O programa de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti está sendo realizado desde 2002/ Crédito da foto: Pietra Darde/ Divulgação

Na segunda-feira (11/02) a Vigilância Ambiental, vinculada à Secretaria da Saúde (Sesa) de Lajeado, entregou 14 novos kits de materiais para a coleta de larvas de mosquito aos agentes comunitários de saúde das Estratégias de Saúde da Família (ESF). Os agentes utilizarão os materiais durante as atividades do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).

As novas mochilas estão cheias de equipamentos, como concha, lanterna e peneira, que facilitarão o trabalho dos agentes na busca por larvas do mosquito transmissor das doenças da dengue, zika e chikungunya.

“Cada material possui alguma utilidade na procura por focos do mosquito, e com certeza, facilitará o trabalho dos nossos agentes” conta a coordenadora e bióloga da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius.

Além do programa permanente de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti no município, desde 2002, o LIRAa vem sendo utilizado para avaliar a densidade larvária e estimar o nível de infestação por Aedes aegypti, a partir das amostras coletadas em imóveis onde há presença de larvas.

De um a dois agentes de saúde de cada ESF foram treinados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) em 2018, e desde então passaram a auxiliar no LIRAa, juntamente com os agentes de endemias.

Segundo Catiana, os quarteirões de cada bairro onde esta atividade será desenvolvida, não são escolhidos aleatoriamente. “Um sistema de informatização é alimentado e sorteia quais serão os quarteirões que serão trabalhados. Sendo estes, uma amostra estatística de todo território do município”, explica.

Na segunda-feira (11/02), foram iniciados os serviços referente ao primeiro dos quatro ciclos anuais do LIRAa. Os agentes de endemias estão concentrados no bairro Carneiros e Universitário e os agentes comunitários de saúde envolvidos no LIRAa, percorrerão os bairros Centro, Conservas, Moinhos, Morro 25, Centenário, Olarias, São Cristóvão, Campestre, Moinhos d’ Água, São Bento, Jardim do Cedro, Montanha, Santo Antonio e Bom Pastor, vistoriando os pátios em busca de focos do mosquito.

Após o término das ações de pesquisa larvária, Catiana explica que se houver a identificação de criadouros positivos para Aedes aegypti, é possível calcular índices que permitem classificar as áreas dos territórios em satisfatória, de alerta e de risco. “Com as análises, é possível descobrir o nível de infestação de cada área. Utilizamos isso como fonte de informação para priorizar as ações de combate e estabelecer estratégias nos bairros com densidade mais alta”, conta.

Materiais que compõe o kit:

-Mochila
-Picadeira

-Concha de cozinha

-Toalha

-Lanterna

-Tigela

-Peneira

-Prancheta

-Tubitos

-Pipetas

-Pasta

-Algodão

-Caneta

Lápis

–Borracha

-Apontador

-Liguetas

-Álcool

Saiba mais:

Desde 2016, a cidade de Lajeado é considerada infestada pelo mosquito Aedes aegypti. Isso significa que existe a disseminação e manutenção do vetor da dengue, chikungunya e zika nos domicílios do território lajeadense.

A Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Lajeado alerta sobre o aumento de ocorrência de focos. Apenas na primeira quinzena de 2019, foram identificados 12 focos de Aedes aegypti, sendo 10 no bairro Moinhos e 2 no bairro Florestal.

Desde o início de 2019 houve a confirmação de quatro casos de dengue autóctones (contraídas dentro do Rio Grande do Sul), o que indica a volta da circulação da dengue no estado, que não tinha casos autóctones confirmados desde dezembro de 2017.

Além dos dois casos de dengue autóctones, foram confirmados outros oito casos considerados importados (residentes do estado que contraíram a doença fora do Rio Grande do Sul), sendo um destes, pertencente ao município de Lajeado.

Neste período do ano, o calor e a chuva dão condições ideais para a proliferação do mosquito. A comunidade não deve descuidar em nenhuma época do ano, pois a melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva. Dessa forma, é fundamental que a população de Lajeado contribua, recebendo esses agentes (que estarão sempre uniformizados e identificados) e permitindo que os mesmos realizem as vistorias em suas residências.

Para isso, é preciso realizar ações de controle, eliminando os focos de larvas e seus criadouros. A recomendação é verificar na sua residência, uma vez por semana, os seguintes itens:

– Verifique os vasos de plantas, retirando os pratinhos. Passe esponja para limpar os ovos que ficarem aderidos.

– Cuide com bromélias e outras plantas que podem acumular água. Revise semanalmente e remova a água, sempre que possível (se estiverem em vasos vire de cabeça para baixo).

– Verifique se tem materiais em uso e que possam acumular ou estejam com água (baldes, potes, garrafas, pneus): secar, tampar ou colocar em local coberto.

– Caixas d´água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva: manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir, inclusive no ladrão.

– Recolha o material que poderá ser descartado (latinhas, embalagens plásticas, vidros, garrafas PET, etc) e coloque em saco plástico para a coleta seletiva de lixo.

– Veja se a calha está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água;

– Ralos, especialmente de águas de chuva: verifique se estão com água em período seco; nesse caso, coloque tela milimétrica ou adicione, semanalmente, água sanitária no ralo;

– Piscinas plásticas pequenas: devem ser periodicamente esvaziadas ou serem tratadas com cloro;

– Piscinas fixas: devem ser limpas uma vez por semana e tratadas com cloro regularmente.

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