Na programação do 4º Festival de Música de Teutônia está a participação de Hique Gomez, renomado músico conhecido pela peça musical Tangos e Tragédias, realizada em conjunto com Nico Nicolaiewsky, já falecido. Gomez participou de um Toque Show na noite desta terça-feria (23/07), no auditório do Colégio Teutônia, às 20h. Se trata de uma conversação mediada por Pedrinho Figueiredo, que já desenvolve o Toque Show a mais tempo em redes sociais.
Gomez conta que sua dupla com Nicolaiewsky durou 30 anos, e após o falecimento do parceiro, em 2013, a peça Tangos e Tragédias recebeu uma continuação chamada Sbornia Kontratacka, “pois tínhamos muito conteúdo criado que não havia entrado no espetáculo ainda”, explica ele. Essa continuação é uma parceria de Gomez e Simone Rasslan, e retrata a história de dois indivíduos que vieram de um país fictício chamado Sbornia, “que, na verdade, representa os imigrantes, e por isso o pessoal do interior do Rio Grande do Sul se identifica muito”.
Gomez comenta que a experiência no Festival é maravilhosa, pois faz toda a diferença na vida de uma criança. “Isso tudo reflete na maneira como as pessoas vivem e a cultura musical que elas cultivam, e essas crianças já têm uma vantagem frente as outras”, explica.
Preparação para as próximas noites
O 4º Festival de Música de Teutônia termina amanhã (25/07), e os alunos ainda têm algumas metas até o final do evento. Uma delas é a apresentação do Recital de Professores e Estudantes, que acontece na noite de hoje, às 20h, no auditório do Colégio Teutônia. Outra meta é a apresentação de amanhã (25/07), no mesmo local e hora, quando acontece o Concerto de Encerramento com a Orquestra do Festival. Este vai ser um momento em que os estudantes de todos os instrumentos irão de unir para uma apresentação que vem sendo ensaiada durante a semana.
Segundo o professor de piano e teclado do evento, Léo Ferrarini, o desempenho dos alunos está acima do esperado. “O piano tem uma natureza um pouco solitária. Ele é um instrumento que se toca sozinho, diferente do violão, por exemplo, que tem uma interação um pouco melhor. Nós temos, aqui, quase dez alunos e tocamos teclado e piano juntos, e é difícil conseguir isso”, explica ele. “A gente procurou quebrar um pouco disso e distribuir um pouquinho pra cada um, e usar isso a nosso favor. A gente vai se enriquecer, tocando até percussão. Isso porque precisamos construir esse senso de riqueza do instrumento, de conhecer todas as partes da música”, detalha o professor.
Ainda de acordo com Ferrarini, os estudantes estão com um envolvimento muito positivo “porque tudo isso fica muito lúdico. Você tocar um tambor, um pandeiro, e depois entender como tudo isso volta para o piano”. Ele conta que o mais importante é a entrada no mundo da música. “Eu acho que a música, não só pra sociedade, que tem que ter a música como fuga da parte mais dura, mas também para os profissionais que tem na música a sua sobrevivência, a gente não pode perder o espírito lúdico da música”, finaliza.