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Pedida a duplicação de trecho da Rota do Sol

Comitiva do Vale do Taquari busca soluções para rodovias da região_Divulgação CIC Vale do Taquari

Com intenso fluxo de veículos diariamente, lideranças da região pediram ao Estado a duplicação do trecho da RSC-453 (Rota do Sol) entre Estrela e Teutônia. Esta foi uma das obras apontadas pela comitiva do Vale do Taquari que esteve em audiência com o secretário de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal nesta quarta-feira (22/01). O grupo regional solicita a análise dos trechos previstos no contrato entre o Governo do Estado e o BNDES.

Os empresários lutam pela inclusão da duplicação da RSC-453 entre Estrela e Teutônia “devido ao intenso movimento de veículos”. No trajeto Teutônia a Garibaldi (para a Serra), o secretário adiantou que a tendência é a inclusão de mais pontos com terceira pista para desafogar o trânsito. O número de carros que passa nas proximidades da praça de pedágios ainda é considerada baixa para levar a uma duplicação. Enquanto isso, os 16,38 quilômetros da ERS-128 (Via Láctea) permanecem sob uma incógnita.

A comitiva regional também pleiteou outras obras, afinal, dos 1.028 quilômetros de rodovias contempladas no contrato do governo do Estado, 220 quilômetros estão no Vale do Taquari. O grupo cobrou que a duplicação e o alargamento das rodovias da região entre as obras rodoviárias prioritárias do Estado.

O secretário Claudio Gastal informou que caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a execução dos estudos técnicos necessários para conceder à iniciativa privada. Esse trabalho deve durar entre 10 meses e 1 ano. Depois desse processo, inicia a fase de audiências públicas. O vice-presidente da CIC Vale do Taquari e ex-presidente da CIC Teutônia, Ivandro Carlos Rosa, antecipa que “vai ser um processo longo, com audiências públicas e vários capítulos”.

O diretor da CIC VT e ex-presidente da entidade, Oreno Ardêmio Heineck, advertiu para trabalhos, como o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e Relatório Técnico de Vistoria Ambiental (RTVA), elaborados em 2012. Na época, os documentos apontaram para a duplicação dos trechos entre Venâncio Aires-Lajeado (ERS-130 e RSC-453), Lajeado-Encantado (ERS-130 e ERS-129) e o alargamento da estrada entre Encantado e Muçum (ERS-129).

O presidente da CIC Vale do Taquari, Pedro Antonio Barth afirmou que a entidade e os empresários querem ajudar na construção da nova modelagem. “Nossa linha é de cooperar com o processo que o Estado está realizando. Queremos uma melhor Infraestrutura para nossa região. Estamos trazendo sugestões e buscando entender o andamento. As concessões dando certo, teremos estradas melhores e isso é bom para todo mundo”, comenta.

Empresários mobilizados

O presidente da Vale Log, Adelar Stefler, reclamou dos gargalos na infraestrutura que acabam gerando um custo enorme e impactam na produtividade. “Um caminhão parado no trânsito arrancando toda hora não chega a fazer 200 metros com um litro de óleo diesel, enquanto poderia estar fazendo 1,7 até 2 quilômetros”, avalia.

Gilberto Picinini, presidente da Cooperativa Dália Alimentos, acrescentou “o maior custo não é o valor, e sim o tempo que perdemos por causa do atraso de carga e de funcionários, além dos acidentes”.

Cobrança eletrônica de pedágio

Outro assunto abordado foi a implantação da cobrança eletrônica de pedágio dentro do pacote de concessões. O diretor de infraestrutura da CIC Vale do Taquari, Leandro Eckert defendeu que adoção da cobrança em postos físicos está ultrapassada. “É preciso inserir essa cobrança que é mais justa para quem utiliza a rodovia pedagiada”. Mas o diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Urbano Schimitt, afirmou que a implantação não é tão simples como parece. “Seria preciso uma mudança na legislação federal para garantir a cobrança”, ponderou. Gastal também manifestou interesse pelo assunto e garantiu que vai estudar bem o assunto.

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