A Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE) do Sínodo Vale do Taquari doou entre alimentos e produtos de higiene, um total de 1.160 quilos, para as 80 famílias indígenas que vivem no Vale do Taquari, nas aldeias de Tabaí, Estrela e Lajeado. Os principais itens doados foram arroz, feijão, farinha de milho, leite, bolachas, água sanitária, sabão, máscaras e roupas.
O Grupo da OASE é formado por mulheres da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, que conta com 50 grupos na região. A motivação para a campanha é a situação precária que as famílias enfrentam em função da falta de recursos públicos para a manutenção e a impossibilidade de vender o artesanato em função da Covid-19. Esta também foi a maior dificuldade para angariar recursos. Os grupos não estão se reunindo acatando as orientações da própria IECLB e do poder público.
A forma encontrada para fazer a campanha foi a virtual. Através de mensagens de whatsapp e telefonemas, as coordenadoras paroquiais e presidentes dos grupos foram mobilizadas. O objetivo inicial era de que cada mulher pudesse doar alimentos, mas isso não foi possível em função do distanciamento social necessário. Não se quis em qualquer momento aglomerar pessoas, fazer visitas para coletar ou fazer reuniões para a organização e, em consequência disso, colocar as pessoas em risco de contágio. “Nosso compromisso é com a vida e com a saúde de cada pessoa”, disse a presidente da OASE Sinodal, Gladis Kettermann Dickel.
A entrega ocorreu na manhã desta terça-feira (12/05), e foi intermediada pelo Professor Fábio Mallmann. Por meio dele, as doações foram entregues por uma equipe da Prefeitura de Estrela e acompanhadas pelo Pastor Sinodal Gilciney Tetzner. Além disso, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) fez a inspeção e higienização no ato da entrega. Os Caciques de cada aldeia agradeceram as doações e afirmaram que veio em um momento muito oportuno, de escassez de recursos.
“Não nos cansemos de fazer o bem”, conforme a IECLB e a OASE, esta orientação do Apóstolo Paulo aos Gálatas é motivação para o tempo de distanciamento social, sendo uma palavra que chama a solidariedade e ao cuidado com as classes mais vulneráveis da sociedade. Consideram que “fazer o bem neste momento implica em, não apenas fazer campanhas e apoiar quem mais precisa, mas fazer isso com segurança, sem comprometer a saúde individual e coletiva”. “Não cansamos com essa campanha, mas nos animamos para as próximas que poderão vir. Esta é a vocação da OASE que, através dos seus grupos, já faz campanhas regularmente e presta relevante serviço nas comunidades especialmente na área da visitação e em eventos”, dizem as representantes, ao manifestarem gratidão as pessoas e aos grupos que se engajaram nesta campanha e as pessoas que colaboraram na entrega para os indígenas.