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Univates realiza pesquisa sobre impactos do isolamento social em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista

Crédito da foto: Pragyan Bezbaruah/Pexels

Um dos projetos de pesquisa vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) da Univates tem como objetivo avaliar questões genéticas que podem estar relacionadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Coordenada pelo professor Josemar Marchezan, a pesquisa “Avaliação de alterações epigenéticas associadas com o transtorno do espectro autista” também busca compreender como o isolamento social causado pelo novo coronavírus tem impactado crianças e adolescentes com TEA.

Para isso, os dados estão sendo coletados por meio de um formulário, que pode ser preenchido pela família dessas crianças. no link bit.ly/impacto-isolamento-social. Conforme Marchezan, a pesquisa tem como objetivo avaliar como uma mudança de rotina tão drástica e associada à interrupção de atendimentos de terapias essenciais para o TEA, como fonoaudiologia e psicologia, impactou a vida das crianças e de suas famílias. 

“Desconhecemos estudos semelhantes com esse grupo de pessoas. Com os resultados, além de entender melhor como as crianças estão reagindo ao isolamento, planejamos elaborar uma cartilha de orientação parental para ajudar no enfrentamento desse momento”, revela o professor.

Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas pelos e-mails ppgcm@univates.br ou josemar.marchezan@univates.br.

Saiba mais

Estima-se que o transtorno do espectro autista afete cerca de 1% da população, o que no Brasil representa em torno de 2 milhões de pessoas. Esse transtorno é um distúrbio do desenvolvimento neurológico caracterizado por alterações na comunicação, interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Conforme Marchezan, o diagnóstico ocorre exclusivamente por avaliação comportamental. “Ainda não há exames que detectem o TEA, pois não existe um marcador biológico. O objetivo da nossa pesquisa é buscar correlacionar a expressão de diferentes MicroRNAs com os diferentes sintomas do TEA e estudar seus alvos moleculares, na tentativa de entender melhor a fisiopatologia do transtorno e, no futuro, contribuir com novas ferramentas diagnósticas e alvos terapêuticos”, explica o professor.

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