A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) decidiu dar autonomia aos municípios no que se refere ao retorno das aulas. Na manhã desta quinta-feira (03/09), no Estrela Palace Hotel, em Estrela, os prefeitos se reuniram para analisar a proposta feita pelo Estado e tomar uma decisão pela entidade. Em suas falas, alguns prefeitos mostraram-se decididos a respeito de como fariam o retorno em seus municípios, alguns ainda este ano e outros em 2021, conforme realidade de cada cidade.
Diante disso, a Amvat optou por deixar a decisão a cargo de cada prefeito. Isso vale para decisões tanto da rede pública como privada. Conforme o presidente da Amvat e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, “temos diferentes situações dentro dos municípios, alguns com escolas particulares fortes, outros somente escolas municipais e estaduais”. Na discussão, também entrou a questão do transporte escolar.
Em reunião anterior, a maioria dos prefeitos concordou que a retomada deveria acontecer iniciando pelos alunos mais velhos, ou seja, ensino superior e anos finais. Contudo, o Estado apresentou um cronograma com a previsão de que as aulas comecem a ser retomadas pela educação infantil, a partir do dia 8 de setembro, nas escolas municipais e particulares. No caso do Vale do Taquari, iniciaria a partir do dia 13 de setembro, uma vez que também é preciso estar a pelo menos duas semanas em bandeira laranja ou amarela.
Proposta do Estado:
Educação Infantil: 8 de setembro (13 de setembro no caso do Vale)
Ensino superior e médio: 21 de setembro
Ensino fundamental anos finais: 28 de outubro
Ensino fundamental anos iniciais: 12 de novembro
Um ponto bastante criticado pela Amvat é que, com este cronograma, o Estado está concedendo uma autorização para que os municípios que entenderem adequado iniciem as aulas. No caso da rede estadual, o governo prevê que as aulas sejam retomadas em 13 de outubro mediante bandeira laranja ou amarela pelo cálculo do Estado.
Manifestações dos prefeitos
Conforme o presidente da Amvat e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, ficou claro na reunião “que a Educação Infantil não deve voltar, e que as escolas privadas têm autonomia de retornar conforme já proposto pelo Estado”. No caso das escolas particulares, elas dependem de autorização municipal para funcionar e estar em bandeira laranja ou amarela. Segundo ele, após explanações dos prefeitos, “a maioria vai voltar só em outubro, se assim tiver condições. Isso não depende só da vontade do prefeito, mas também dos pais e da bandeira que estivermos”, explica.
Marcelo Caumo, prefeito de Lajeado, manifestou-se favorável ao início das aulas presenciais. “Lajeado está definido que vai voltar. Não é o calendário que queríamos, mas é o que temos”, conta. O prefeito José Luiz Cenci, de Fazenda Vilanova, concordou, afirmando que o município também deve ter o retorno. “Ainda não sabemos como, mas vamos voltar”, destaca.
O prefeito Jonatan Brönstrup, de Teutônia, sugeriu seguir o calendário do Estado, mas sem reabrir a Educação Infantil, caso o decreto estadual permitir. O prefeito Adroaldo Conzatti, de Encantado, enalteceu que em seu município, pretende retornar em 2021. O prefeito de Nova Bréscia, Marcos Martini, também se mostrou favorável a retornar ano que vem, uma vez que restarão poucas semanas a partir do prazo estabelecido e haverá restrições sobre número de alunos e carga horária.