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Irga avalia qualidade da água usada em lavouras de arroz

Crédito da foto: reprodução

Uma ação conjunta entre as áreas de Pesquisa e de Extensão Rural do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) monitorou 77 lavouras e corpos hídricos na safra 2019/2020 no que se refere à qualidade da água utilizada na irrigação. O objetivo do trabalho foi determinar os parâmetros físico-químicos da água presente nas lavouras de arroz irrigadas 15 dias após a floração da cultura, quando a área poderia ser drenada, tendo como objetivo a colheita no seco.

Segundo a pesquisadora responsável pelo projeto, a engenheira agrônoma Mara Grohs, os resultados foram muito satisfatórios. “Conseguimos comprovar que a lavoura de arroz irrigada atua como um filtro, devolvendo uma água de melhor qualidade para os mananciais hídricos. Isso demonstra os benefícios que a lavoura de arroz, quando bem irrigada, agrega à sociedade gaúcha”, disse.

Pontos de coleta espalhados por 32 municípios do Estado, totalizando 77 pontos / Crédito da foto: reprodução

Todas as coletas nos 77 pontos foram realizadas pela equipe de Extensão Rural do Irga em 32 municípios diferentes. A técnica orizícola Eleonara Witte, responsável por 13 pontos de coleta nos municípios de Itaqui e Maçambará, comenta que o projeto é de fundamental importância para a orizicultura do Estado, pois esclarece mitos criados pela população em geral.

O primeiro laudo foi entregue, em mãos, ao produtor Orlando Gomes e seu filho Celso, que disponibilizaram sua lavoura no município de Itaqui. Conforme o laudo, a água na lavoura de Gomes foi considerada de ótima qualidade, dentro dos parâmetros previstos em legislação.

Ambos comentaram que é de fundamental importância o arrozeiro ter o Irga como representante para esclarecer eventuais dúvidas que surjam pela sociedade com relação aos cuidados sanitários aplicados na utilização da água, que, junto com a terra, são os principais insumos para uma orizicultura próspera e eficiente.

Visando a concentração de agrotóxicos, coletas também foram realizadas e estão em análise na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O Irga aguarda pelos resultados para encaminhar a todos os técnicos e produtores os respectivos laudos das demais áreas.

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