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Para Amvat, cabe ao Estado determinar lockdown

Crédito da foto: Reprodução site AMVAT

A prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (PP), está propondo um lockdown integrado nos municípios das regiões dos vales do Rio Pardo e do Taquari. O tema será abordado em encontro da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo previsto para esta quinta-feira (04/03), quando serão avaliados os indicadores do final do dia.

Nesta terça-feira (2), os gestores regionais de Saúde e os secretários municipais do Vale do Taquari emitiram nota recomendando um lockdown de 14 dias para frear a contaminação e reduzir a circulação do vírus.

Em nota encaminhada à Folha Popular, a Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat) defende que a iniciativa de instituir um lockdown no Estado ou em qualquer região deve partir do Estado. “O momento exige ações assertivas, equilibradas e, principalmente, coletivas para enfrentar este momento crítico de avanço da pandemia. A decisão de instituir lockdown, seja no Vale do Taquari ou em outra região do Estado, deve partir do Governo Estadual, que desde o início da Covid-19 tem imposto as regras de distanciamento controlado aos municípios, como foi o caso da suspensão da cogestão na semana passada”, avalia.

A entidade afirma ainda que o momento exige “equilíbrio nas ações para evitar a implementação de medidas que, em vez de ajudar, deixem a população ainda mais apreensiva”. A nota pondera ainda que é sabido que o principal problema está nas aglomerações e festas clandestinas e não nos setores econômicos, ainda assim, “o cenário atual exige cautela e conscientização de todos. Por isso, o uso de máscara, o distanciamento social e o cumprimento dos protocolos da bandeira em vigor são essenciais para conseguirmos superar este momento de dificuldades”. Por fim, a Amvat reforça que “o combate à Covid é responsabilidade de todos”.

Bandeira preta na próxima semana

Em vigor desde o último sábado (27/02), a bandeira preta deve ser mantida em todo Rio Grande do Sul. Em entrevistas, o governador Eduardo Leite já sinalizou esta posição. Hoje (04/03) pela manhã, Leite iniciou uma reunião com o Gabinete de Crise para analisar os dados e definir as próximas estratégias. Ele inclusive não descartou medias mais restritivas.


Os dados alarmantes divulgados incansavelmente durante a semana devem nortear a decisão, já que a taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado ultrapassou o 100% de ocupação. O fato que fez com que a Secretaria da Saúde do Estado solicitasse durante a semana a ampliação imediata dos leitos clínicos em hospitais de todo o Estado. Pedindo que aos hospitais que ofertassem, no mínimo, 50% dos seus leitos clínicos para tratar pacientes Covid.


O aumento no número de contaminados, óbitos e ocupação do sistema extrapolou a capacidade do sistema de saúde. E a situação não dá sinais de que retrocederá. Por isso, as medidas restritivas devem ser mantidas.

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