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Languiru amplia área de vendas

Bayer acompanhou abate do primeiro lote / Crédito: Leandro Augusto Hamester / Divulgação

Inaugurado no dia 12 de novembro de 2021, véspera do aniversário de 66 anos, o novo Frigorífico de Bovinos da Cooperativa Languiru agora também está autorizado a comercializar seus produtos além das fronteiras de Teutônia. A planta industrial recebeu o selo do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), que é o serviço de inspeção do Rio Grande do Sul. Isto permite a comercialização de cortes bovinos com osso em todo Estado.

Até então o abatedouro contava apenas com o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) – somente podia vender dentro da cidade origem, Teutônia, onde está localizado o frigorífico. Os trâmites burocráticos iniciaram em novembro, o processo passou por inspeção e registro de médico veterinário, atestando a procedência segura e permitindo que a Languiru amplie seu mercado de atuação também na carne bovina. O registro ocorreu no dia 11 de fevereiro, com o primeiro abate no dia 17 (quinta-feira).

A Área Comercial inicia a prospecção de clientes e comercialização de grandes cortes bovinos. Até então, a produção atendia exclusivamente os quatro supermercados Languiru instalados em Teutônia. Com o selo DIPOA, os demais supermercados da rede – Poço das Antas, Bom Retiro do Sul, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Estrela e Lajeado – também recebem carne de gado com produção própria da Languiru.

Alternativa para os associados
O primeiro abate contou com 42 animais, a maioria da raça Angus, de propriedades rurais de associados da Languiru em Teutônia, Westfália, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio. “É um momento de alegria para a Languiru, que oportuniza mais uma alternativa produtiva aos seus associados, além da possibilidade de outros produtores virem a se associar e ter acesso a uma série de benefícios do quadro social”, destaca o presidente Dirceu Bayer, que acompanhou in loco o primeiro abate após a obtenção do novo selo.

Num primeiro momento, o associado será privilegiado na compra dos animais para o abate. “Dependendo da demanda de mercado, aí sim podemos estender essa compra para outros produtores no Estado. Estamos ingressando num segmento novo para a Cooperativa e a expectativa é muito boa, aproveitando a mesma força comercial e logística”, avalia Bayer. A Languiru é uma das cooperativas mais industrializadas do Estado, agrega valor à matéria-prima produzida no campo, gera renda, empregos e impostos.

Qualidade
O gerente industrial Mauricio Eidelwein revela foco para alcançar a capacidade plena de produção do Frigorífico de Bovinos, com o abate de 100 animais/dia – atualmente, o está em cerca de 50 animais/dia. “Acreditamos que isso se concretize muito em breve, considerando a demanda de mercado, que regula o abate”, explica.

A Languiru trabalha com raças específicas para carne, com excelente acabamento de carcaça, bom marmoreio e animais jovens. “Durante o processo são respeitados os requisitos do bem-estar animal, o que também interfere na qualidade do produto final, além de contarmos com uma equipe treinada em boas práticas de fabricação”, acrescenta.

Rauber (e) e Eidelwein / Leandro Augusto Hamester / Divulgação

Bovino de corte
O associado Valmir Antônio Rauber (65), de Arroio do Meio, integra o Conselho de Administração da Languiru e teve nove animais da raça Angus nesse primeiro abate com a habilitação do DIPOA. “Sem dúvida é mais uma alternativa produtiva. Trabalho com gado de corte há três anos, depois de sair da produção de leite. Foi uma alternativa para aproveitar as instalações e que não depende de condições climáticas, além de dar menos serviço. Mas é preciso ficar muito atento à sanidade dos animais”, explica.

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