A cooperativa Languiru realizou na quinta-feira (9/6) reunião-almoço com produtores de aves no pavilhão social da Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia. O encontro contou com mais de 200 associados e familiares. O momento foi conduzido pelo presidente Dirceu Bayer, acompanhado de profissionais do Setor de Aves do Departamento Técnico.
A intenção da reunião é tratar assuntos de forma direta e transparente, com interação entre produtores, equipe técnica e direção. O intuito é retomar gradativamente essa tradição da cooperativa, que acabou restrita em virtude da pandemia.
Investimentos, diversificação e oportunidades
Bayer abordou diversas pautas. Quanto à avicultura, relembrou estratégias implementadas, enfatizando que as medidas buscavam preservar os associados. “Os custos de produção aumentaram, enquanto que os preços de venda não reagiram”, lembrou.
Para enfrentar esse cenário é necessário “arrojo e empreendedorismo”. Essa foi a mensagem destacada pelo presidente. Ele enalteceu a ampliação do túnel de congelamento e do setor de corte, além da infraestrutura para desossa de peito no Frigorífico de Aves, em Westfália.
Também lembrou a ampliação das áreas de industrializados e vestiários no Frigorífico de Suínos, em Poço das Antas; e comemorou a receptividade do mercado aos cortes de carne bovina da Languiru.
Como exemplos de produtos diferenciados, mencionou os Soltinhos (IQFs) de frango e suínos, uma tendência do mercado consumidor. “Temos que continuar apostando em produtos de valor agregado, o que beneficia toda a cadeia produtiva.”
Se tratando de investimentos, reiterou que está sendo instalada uma nova caldeira e em breve iniciam as obras da queijaria junto à Indústria de Laticínios, em Teutônia. Além disso, anunciou que a Cooperativa pretende continuar expandindo sua rede de supermercados e lojas Agrocenter.
“Temos uma série de oportunidades e o nosso futuro é muito promissor. É de suma importância seguir diversificando os negócios da Languiru”, declara.
O vice-presidente César Wilsmann enalteceu o perfil empreendedor da Cooperativa. “Todas as decisões são bem avaliadas e tomadas de forma segura. Além disso, estamos sempre abertos a sugestões.” Ainda observou que a pandemia mudou hábitos de consumo. Em virtude disso, produtos que oferecem mais comodidade e agilidade no preparo, como os Soltinhos de frango e suínos, foram lançados. “São produtos de valor agregado que expressam a nossa visão.”
Eficiência na conversão
O médico veterinário do Setor de Aves, Anderson Xavier, apresentou panorama da cadeia avícola da Cooperativa. Comparou percentuais de conversão alimentar ajustada de machos e fêmeas nos últimos anos, bem como a evolução anual do peso médio. “A nossa média de peso, no mês de maio, foi de 3,163 kg, sendo que a meta é permanecer entre 3kg e 3,100 kg. Para produzir esse frango foi necessário 1,622 kg de ração para um quilo de carne. É um resultado muito bom”, salientou.
Também comparou o desenvolvimento dos lotes em aviários convencionais e aviários dark house, valorizando resultados com a nova tecnologia. “Constatamos que no acumulado de 2022, os aviários dark house entregaram na plataforma do frigorífico um frango R$ 0,12 por quilo mais em conta que no convencional”, frisou.
Abordou ainda assuntos como captação de novos produtores, a melhoria gradual das estruturas dos galpões, qualidade produtiva, importância do aquecimento e ambiência, principalmente agora no inverno, e a necessidade de manter bons acessos às propriedades.