Aberto oficialmente no sábado (10/9), o Acampamento Farroupilha já trouxe grande movimento ao Centro Administrativo de Teutônia em seu primeiro fim de semana.
A noite de sábado teve seus primeiros show. Subiram ao palco Jeferson, Anderson & Banda, e na sequência, Os Buenachos.
Além disso, os piquetes proporcionaram um verdadeiro culto à tradição por meio de comidas típicas, música, danças e muita integração.
Antes disso, uma cerimônia deu início à programação. O ato iniciou com a Cavalgada da Chama Crioula. A saída foi no CTG Porteira dos Pampas, em Canabarro, e seguiu até o Acampamento, no Centro Administrativo.
No local, foi realizado o acendimento do candieiro oficial do Acampamento Farroupilha. O ato contou ainda com apresentação do Coral Municipal e a declamação da poesia “Candieiro Farroupilha”, por Carlos Peixoto.
O secretário de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Teutônia, Luias Wermann, avalia com positividade o primeiro fim de semana do evento. “Tempo colaborou em todos os dias, apenas na sexta feira deu uma pancada de chuva para abençoar o evento”, considera.
Segundo ele, o fato do desfile ter começado no Bairro Canabarro trouxe mais adesão ao momento. “Alegria do pessoal no bairro Canabarro em receber a cavalgada”, comenta.
Salienta que o sábado e domingo ensolarados atraíram o público que pode aproveitar os piquetes em família. “Apesar do frio sábado à noite, o show com os Buenachos teve um bom público presente”, pondera. Para animar ainda mais o domingo, os gaiteiros dos Núcleos de Cultura visitaram os piquetes com muita música.
Durante a semana, os piquetes realizam suas atividades em seus espaços. A programação retorna na quinta-feira (15/9), com uma roda de conversa promovida pela Cooperativa Languiru. O momento será com Juliano Souza e Alan Coutinho para falar sobre doma e laço comprido, a partir das 19h30.
Na sexta-feira (16/9), voltam as programações artísticas e shows. Às 19h tem Noite da Fumaça. Às 20h apresentação da Invernada Artística do CTG Porteira dos Pampas. E às 22h show com Os Centauros.
No sábado (17/9), a partir das 19h30 tem show com Luz de Candieiro. Às 22h é a vez das Invernadas Artísticas do CTG Rincão das Coxilhas. E fechando a noite, às 22h30, tem Os Bertussi.
O Acampamento e a Semana Farroupilha encerram no dia 20 de setembro (terça-feira) com o tradicional Desfile Farroupilha. A saída está marcada para as 9h, no Agrocenter Languiru. Às 10h30 acontece o culto e missa campeira. E o encerramento está marcado para as 18h.
Viver as tradições
Para quem é apaixonado pelo tradicionalismo, o Acampamento Farroupilha é mais que um evento. É o momento de vivenciar com intensidade e dedicação a cultura gaudéria. São dias dedicados ao piquete, à culinária, aos momentos de integração e troca.
Ailton Lemos de Oliveira (58) é um destes apaixonados. Ele integra o Piquete Popular, de Teutônia, e participou de todas as edições do evento. “Somos sempre os primeiros a fazer o piquete”, conta orgulhoso.
Ele explica que o gosto pela cultura gaúcha é uma tradição que já vem dos pais dele e que foi sendo repassada de geração em geração. “Uma tradição que nunca podemos deixar fora, uma cultura que não podemos deixar cair. Temos sempre que ser ativos nestas culturas campeiras”, declara.
Ele considera que a lida e a vida no piquete é mais à vontade, com fogo no chão, e sempre tendo um chimarrão à mão. “Hoje já fiz um entrevero para 20 pessoas, estamos todos juntos sempre”, conta.
Por dois anos o Acampamento Farroupilha esteve limitado devido à pandemia. Pela primeira vez após a emergência sanitária ele volta a ocorrer nos moldes normais. Oliveira afirma que já é um momento bem diferente. “O pessoal estava com vontade de sair para fazer isso, porque estava tudo meio preso. Sentimos falta de não poder fazer durante a pandemia. Esse agora está a todo vapor, com 22 piquetes, estamos bem e tranquilos”, avalia.
Mas além de receber tradicionalistas e participantes dos piquetes, os espaços atraem também a curiosidade e visita do público em geral, que vem conhecer o Acampamento e participar dos shows. Oliveira afirma que todos são bem-vindos e bem recebidos nos piquetes. “Os visitantes vão passando, temos chimarrão, assamos uma carne. Eu mesmo tinha uma linguiça campeira aqui, e fizemos um café com gente que nem é dos piquetes, que estavam aí visitando. Então pode chegar que é bem-vindo aqui”, pontua.
