Chegou o momento de decidir o governador e o presidente da República para a gestão 2023-2026. Os eleitores poderão escolher seus candidatos neste domingo (30/10), das 8h às 17h. Após o fechamento das urnas e da impressão dos boletins, em poucas horas sairá o resultado final. Em caso de disputa acirrada, a definição matemática levará mais tempo.
São mais 156 milhões de eleitores aptos a votarem nas 472.075 seções espalhadas pelo território nacional. Um total de 12 estados brasileiros escolherão governadores e presidente. São 15 estados apenas com votação presidencial – Lula (13) e Bolsonaro (22). No Rio Grande do Sul, há disputa entre Onyx Lorenzoni (22) e Eduardo Leite (45) para governador. Três cidades gaúchas ainda terão a eleição suplementar para prefeito: Cachoeirinha, Cerro Grande e Entre Rios do Sul. No Brasil são oito municípios com votação municipal.
A grande dúvida reside também na abstenção verificada no primeiro turno. Foram mais de 32,7 milhões de brasileiros (20,95%) que não compareceram. Todos poderão votar no segundo turno e inclusive fazer a diferença nas eleições. Ainda há de se considerar os votos brancos (1,9 milhão) e nulos (3,4 milhões) neste somatório de votos a serem capturados por Lula ou Bolsonaro.
Em solo gaúcho, quase 1,7 milhão de eleitores não foram para a urna. A abstenção de 19,79% foi recorde desde 1990 e poderá representar outra fatia do eleitorado a ser capturado por Onyx e Eduardo. Ambos também miram mais de 1 milhão de votos brancos e nulos do primeiro turno.
Migração
A grande expectativa fica para onde migrarão os votos dos candidatos “eliminados” após o primeiro turno. Em nível federal, candidatos e partidos anunciaram apoio a Lula e a Bolsonaro. Nos estados, governadores e senadores também lançaram-se nos palanques dos presidenciáveis. Bolsonaro conseguirá buscar a diferença de 6 milhões de votos? Lula manterá sua votação e ampliará com os apoios recebidos?
No Rio Grande do Sul, a grande expectativa reside na migração dos votos do candidato Edegar Pretto (PT), que ficou apenas 2.441 votos atrás de Eduardo Leite – a menor diferença da história. A soma dos dois candidatos seria mais do que suficiente para eleger o governador, mas será que todos petistas apoiarão Leite para desbancar Onyx? O quanto o ex-ministro é capaz de captar de votos de Heinze, Argenta, Jobim, Vieira, Bogo e do próprio Leite? Dúvidas que persistirão até a totalização dos votos.