Os 15 alunos das três redes de ensino de Estrela assumiram por uma noite as cadeiras dos atuais vereadores. Ocorrida nesta quarta-feira (30/11), a sessão do Legislativo Mirim lotou a plenária com pais, comunidade e autoridades que buscaram testemunhar e conhecer as propostas dos jovens.
Participaram nove crianças da rede municipal, quatro da estadual e duas da rede particular do 5º ao 9º anos. Apesar de serem 13 vereadores no município, como duas escolas possuíam apenas o sexto ano, para estas foram escolhidos mais dois representantes.
Após serem chamados pelos vereadores a tomarem seus postos e ganharem certificados, os jovens apresentaram as principais demandas apontadas pelas comunidades escolares. Os projetos deveriam contemplar o valor de R$ 5 mil por escola. Após, foram votados e aprovados em sua totalidade por unanimidade.
A mesa diretora foi estipulada no formato de proporção representativa, sendo o cargo de presidente ocupado por aluna da rede municipal de ensino, a função de vice-presidente por uma jovem da rede estadual e a de secretária por aluna de escola particular.
Conforme o presidente do legislativo municipal, Marcio Mallmann, o projeto busca envolver as crianças em um senso de participação comunitária. “É o momento de mostrar aos jovens como é representar um grupo e o quanto é gratificante quando conseguimos que uma demanda seja atendida. Precisamos de bons representantes e queremos, através da educação, fomentar essa perspectiva nas crianças”, citou.
Mallmann participou como aluno na primeira edição do projeto, em 1995. “Considerei a experiência muito positiva, tanto que posteriormente me candidatei a vereador e aqui estou”, finalizou.
Saiba mais
O projeto Legislativo Mirim nasceu em 1995 e, após três anos de pausa, voltou a ocupar a câmara. Antes do momento derradeiro houve uma série de etapas: visita didática dos vereadores às escolas, escolha dos representantes de cada educandário, a elaboração dos projetos locais dentro das limitações orçamentárias e a visita à casa para entender o funcionamento de uma sessão.
O valor sugerido para o pedido dos jovens diz respeito a uma parte da quantia que a Câmara de Vereadores devolve todos os anos ao executivo. Desta forma, entrou-se em acordo com a prefeitura de que deste valor, R$ 5 mil seriam destinados a estas prioridades.
Como a prefeitura só pode investir dentro de escolas na rede municipal, foi solicitado que o pedido dos alunos dissesse respeito a melhorias nas comunidades em que estão inseridos. A votação é simbólica e ocorre na modalidade “pedido de providências”, não tendo valor legal.