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Representantes do governo de Teutônia apontam quebra de acordos e falta de informações no caso de rompimento do Cidadania

Na segunda-feira (26/12), no programa Espaço Aberto da Rádio Popular, integrantes do Cidadania de Teutônia tornaram público e oficial o rompimento do partido com a administração municipal, e deram seus motivos para a decisão. Nesta quinta-feira (29/12), no mesmo programa, integrante do governo responderam às alegações dadas pelo partido e contraporam a versão apresentada pelo Cidadania.

De acordo com o prefeito Celso Aloísio Forneck, houve uma quebra de acordo com parte do vereador Luias Wermann (Cidadania). Ele diz que o combinado era que o vereador retornasse a Câmara em 2023, porém, foram surpreendidos com o pedido de exoneração ainda em 2022.

Ele lembra que na oportunidade sugeriu que Wermann pensasse bem em suas decisões e não se deixasse influenciar. “Naquele mesmo dia disse a ele que éramos uma coligação e que ele era o representante do Cidadania dentro do governo e enquanto ele fosse a favor do governo o nosso acordo permanecia e os CCs ficavam. Mas que no momento que ele fosse contra o governo eu seria obrigado a desligar os CCs dele”, conta o prefeito, afirmando que o vereador concordou coma colocação.

Após seu retorno, Wermann foi um dos vereadores que votou contra o financiamento de R$ 15 milhões enviado pelo Executivo, que foi rejeitado, além de integrar a chapa da oposição na disputa da Mesa Diretora. O prefeito disse que a administração se surpreendeu com esta postura. “Era um grande projeto nosso, para recuperar as ruas do interior, e ruas principais de entrada que estão ruins. Foi nos impedido isto. Não vamos abandonar este projeto, mas será cortado em outros projetos para poder fazer”, justifica.

Forneck admite que CCs ligados ao Cidadania foram exonerados, mas diz que não foi como forma de “vingança”, mas que é algo natural do jogo. Pois os cargos são de confiança, e quando há a quebra desta confiança é preciso retirar. Ele destaca ainda que não foram todos os CCs do Cidadania exonerados, de 39 cargos, 4 foram exonerados. “Se dependesse de mim, todos os CCs do Cidadania estariam demitidos na quarta-feira. Nós vamos substituindo aos poucos. Dizer que é retaliação? Cada um interpreta como vê a situação, mas eu estou muito magoado com a traição que o Luias me fez”, pontua.

O prefeito responde ainda que as exonerações de CCs não exigem aviso prévio. “Cargos de confiança são de livre admissão, e livre exoneração. Sempre foi assim, e quem diz o contrário está mal informado, ou mal intencionado”, conclui.

Sobre outro partido passar a integrar o governo, o prefeito afirma que não há nada acordado ainda. Mas que naturalmente deve-se buscar outro partido para se aliar, e que não nenhum problema neste movimento.

Rompimento não foi informado

De acordo com o chefe de gabinete e presidente do PDT, Sírio de Castro, ainda não houve nenhum comunicado do Cidadania ao outro partido sobre o rompimento. À época da eleição, a coligação que elegeu Forneck e Aline foi formada pelas duas siglas. Castro salienta ainda que tentou conversar com o presidente do Cidadania, Alisson Saldanha, após os acontecidos na Câmara de Vereadores, mas que Saldanha negou o diálogo. “Até hoje não recebemos, como PDT, um comunicado oficial do desligamento. Para mim, ainda estão na coligação, porque ficamos sabendo apenas pela imprensa”, aponta.

Injustiça e falta de contextos

A vice-prefeita Aline Röhrig Kohl afirma que as acusações dos integrantes do Cidadania são injustas e que faltam contextos. Ela conta ainda que antes da eleição já havia um acordo firmado. O acordo definia que o Cidadania receberia uma secretaria, mais cargos de confiança de acordo com o número de vereadores eleitos. Dos 92 cargos que há hoje, seriam 74 CCs para o PDT, e 19 para o Cidadania. “De forma imediata, o PDT reconhecendo o trabalho do Cidadania, repassou três secretarias, duas subsecretarias, e mais 33 cargos de confiança. Então me dói muito ter que escutar que o PDT virou as costas ou somente usou o Cidadania porque isso não é verdade”, opina.

Ela avalia ainda que o vereador Luias e o presidente do Partido, Alisson, não quiseram trazer a informação, ou não foram bem assessorados em suas declarações. “Não foram se assessorar com as pessoas que tinha este conhecimento, como é o caso do ex-presidente [do Cidadania] Délcio Barbosa, que participou de todas as ações de composição de governo”, considera.

Veja a entrevista completa aqui.

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