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STR Teutônia comemora 40 anos de atuação neste domingo

Sindicato é referência no trabalho de base na região / Crédito: Arquivo STR / Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Teutônia/Westfália comemora, neste domingo (8/1º), 40 anos de existência e prestação de serviços à comunidade com homenagens aos fundadores e familiares. Dos 12 agricultores que compuseram a primeira diretoria e conselho fiscal, cinco ainda vivem.

História
Neste mesmo dia, em 1983, foi criado e aprovado o estatuto e elegida uma diretoria provisória encabeçada por Laudio Weber, Lothario Musskopf e Erny Heinrich, sendo este o primeiro presidente do STR de Teutônia. O sindicato iniciou suas atividades com 803 agricultores associados, número que hoje chega a 1.800.

Em outubro do ano seguinte, o sindicato se filiou à Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Em 1994, a primeira mulher assumiu a presidência do STR de Teutônia – Dulci Berta Schneider.

Com a emancipação de Westfália, a extensão de base na cidade foi confirmada no ano de 2001, passando então o sindicato a se chamar STR Teutônia/Westfália.

Nos primeiros 10 anos, a sindicalização construiu sede própria, iniciou o setor comercial, a participação da mulher e o movimento reivindicatório e concretizou direitos previdenciários.

Levanta bandeiras em defesa da agricultura familiar, da cadeia leiteira, da saúde pública, da seca, da manutenção da aposentadoria por idade para o agricultor, entre outras.

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a comunidade, o sindicato construiu estufas junto a escolas para serem usadas pelos alunos nas atividades extras.

Defende a manutenção das escolas no meio rural, as escolas públicas e os programas da agricultura familiar na alimentação dos educandários. “Cada vez mais queremos apostar na união e na resolução de conflitos, fortalecendo o agricultor e sua classe”, ressalta a presidente Liane Brackmann.

Desde o ano de 2011, apoia diretamente a Feira do Produtor de Teutônia e, nos últimos anos, busca a qualificação dos associados para melhorar a atividade de renda junto das demais atividades exercidas.

Último mandato
Presidente do sindicato há 20 anos e reeleita em novembro de 2022 para mais um mandato, Liane Brackmann comemora a credibilidade adquirida neste período.

“Nosso foco principal é mantê-la e fazer com que o agricultor cada vez mais sinta essa representatividade, seja na busca de direitos, em lutas coletivas, no apoio e solução de problemas, mas também nas conquistas, que não são de uma pessoa, e sim de uma categoria”, enfatiza.

Em tese, este promete ser o último mandato da agricultora como presidente, após 20 anos na condução do STR de Teutônia/Westfália. “Acredito que até lá teremos feito a nossa parte. A ideia era passarmos o bastão já nesta gestão, mas percebemos que precisamos reparar dificuldades na sucessão”, cita Liane.

Em relação aos componentes da chapa atual, a agricultora celebra a boa representação de jovens. Dos 16 integrantes, apenas três são aposentados e, dos demais, cinco possuem até 32 anos e outros seis, até 40.

“Acredito que nosso sindicato ajudou muito a desmontar o preconceito com o meio rural na região – vemos que hoje o jovem se valoriza, se orgulha daquilo que faz e quer a propriedade como seu negócio”, pontua. Com isso, o sindicato vem investindo na preparação da juventude para liderar nos próximos anos.

Liane pontua ainda que o sindicato é referência na região pelo trabalho de base, estando sempre próximo aos associados e oferecendo a estes uma gama variada de produtos e serviços.

Dentre eles, a regularização do imóvel rural, ITR e INCRA, cadastros e declarações, programas de compra e venda, enquadramentos, intermediações e encontros de jovens, mulheres e aposentados, encaminhamentos de aposentadorias e questões fiscais.

Novos governos, novas pautas
A restauração do Ministério do Desenvolvimento Agrário Agricultura Familiar (MDA), a criação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e a eleição de três deputados a partir de projetos políticos deverão permitir participação mais propositiva dos sindicatos a partir de agora, segundo Liane.

“Cobraremos muito dos governos e da representação política local. Estamos vivendo a década da agricultura, temos novamente como negociar e propor ideias”, comenta.

A presidente afirma que as pautas do congresso realizado em 2022 serão desenvolvidas em 2023. “Definimos que devemos estar mais na base, aproveitar a tecnologia e a comunicação. É claro que continuaremos trabalhando a saúde do agricultor, a educação igualitária, as questões ambientais e as soluções para a estiagem, como sempre fizemos”, enfatiza Liane.

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