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Após assumir Executivo de Estrela, presidente do Legislativo renuncia nesta quarta

Mallmann esteve em entrevista ao programa Espaço Aberto desta quarta. Créditos: Lucas Leandro Brune

Em entrevista na manhã desta terça-feira no programa Espaço Aberto, o vereador e atual presidente do Legislativo estrelense, Márcio Mallmann, compartilhou a experiência que teve como prefeito entre os dias 26 e 31 de janeiro devido à licença de Elmar Schneider e as férias de João Schäfer. Por lei, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores é sucessor direto na ausência do prefeito e do vice.

“Foi uma experiência muito interessante, tanto pessoal como a nível institucional, e que repercutiu muito mais do que eu pensava. Me fez recordar da minha participação na primeira edição do projeto Legislativo Mirim, em 1996, que teve papel fundamental para que hoje eu esteja como vereador”, pontua Mallmann.

Esta é a quarta vez que um presidente da Câmara assumiu a chefia do Executivo. A última situação ocorreu em 2018, quando o então presidente Marco Wermann assumiu por 15 dias. Antes disso, o vereador José Inácio Birck assumiu em 1996 e Carli Rücker em 1995.

Segundo Mallmann, muitas pessoas vieram ao seu encontro para falar sobre o gesto do prefeito e do vice de valorizar o Legislativo. “É uma aula de democracia, pois não são todos que sabem que este é o procedimento durante a ausência dos executivos municipais. Estruturalmente não tive como fazer nada durante os quatro dias de mandato, e este nem era o intuito, mas é importante estar do outro lado do ‘balcão’, se sentir responsável pela cidade e pelos 33 mil munícipes abaixo do seu guarda-chuva”, enfatiza.

Cooperativas Escolares

Mallmann também abordou a oportunidade que teve, em seu primeiro dia como prefeito, de renovar o convênio com a Cooperativa Sicredi Ouro Branco para as Cooperativas Escolares. “O município tem relação muito forte com a educação, e importantes convergências para incentivar lideranças nas nossas escolas”, argumenta. O projeto é desenvolvido em Estrela desde 2017.

Representantes da Sicredi e do Município de Estrela renovaram convênio das Cooperativas Escolares. Créditos: Rodrigo Angeli/AI Estrela

Para o presidente, nas visitas às escolas durante o projeto Legislativo Mirim, os vereadores sempre foram bem recebidos e conseguiram passar sua mensagem. “Dessas escolas, vieram alunos extremamente capacitados e sabendo do seu papel como representantes. As cooperativas trabalham justamente isso, e precisamos buscar formar líderes e reforçar essa cultura”, afirma.

Segundo o vereador, os jovens têm condições melhores de se capacitarem para tal, e a tecnologia tem papel relevante nesta formação. Porém, existem alguns entraves. “As aulas continuam como há 30 anos, quando ainda não havia internet. Hoje, acredito que a educação deveria, muito mais do que passar conhecimento, treinar a capacidade de discernimento dos alunos para que estes saibam como buscar a informação e quais delas são verdadeiras. Acredito que este seja o maior desafio atual para a formação de lideranças”, sinaliza.

Renúncia

Durante a entrevista, Marcos Mallmann também anunciou que deixa nesta quarta o cargo de presidente da Câmara para dar lugar a uma nova eleição. Saem, além de Mallmann, o vice-presidente Felipe Schossler e a secretária da mesa Tiane Ruschel Cagliari.

De acordo com o Regimento Interno, quem assume interinamente a presidência é o decano (vereador com mais idade), que neste caso é Volnei Zancanaro. O próprio convocou sessão extraordinária para nova eleição, que ocorre às 8h desta sexta-feira (3/2). Segundo Mallmann, durante este intervalo são abertas as inscrições para as chapas interessadas, que podem se candidatar até uma hora antes da sessão. “Existe sim um acordo com diretrizes por partido. Considero importante para oportunizar que os vereadores façam a gestão pública. Esta por exemplo foi minha primeira vez – claro que com o apoio de todos os funcionários técnicos – e foi muito importante para mim”, confessa.

A Câmara de Estrela é uma das poucas casas que segue o mesmo modelo Federal/Estadual, em que se elege a mesa por dois anos, dos quais se cumpre um, se renuncia e se elege os próximos. O modelo foi seguido por recomendação jurídica. “Em cada oportunidade a presidência fica com determinado partido, e dentro dele é que se define o nome do vereador”, completa Mallmann.

Confira a entrevista completa com Marcos Mallmann:

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