Ícone do site Folha Popular

Solo raso e rochoso dificulta desenvolvimento das mudas, diz biólogo da prefeitura de Teutônia

Executivo pede mais envolvimento da comunidade / Crédito: Camille Lenz da Silva

Conforme notado pela reportagem da Folha Popular na semana anterior, as árvores plantadas pelo projeto Arboriza Teutônia, vigente desde 2020, não estão se desenvolvendo como o esperado pelo tempo de plantio. A situação gerou dúvida em relação à escolha das espécies e se haveria outros fatores mitigando o crescimento das mudas.

Para o biólogo da Prefeitura de Teutônia, Leonardo João Crestani, é preciso levar em consideração o quarto ano seguido de estiagem, o que demanda que os exemplares plantados sejam regados frequentemente. “Na verdade, precisa haver o envolvimento dos moradores, pois o Município não tem como atender a essa demanda de cuidados diários”, comenta.

Outro grande problema encontrado referente à arborização no município, segundo Crestani, é o tamanho das calçadas, principalmente em ruas mais antigas. “Passeios públicos mais estreitos não contemplam um espaçamento mínimo para o trânsito de pedestres e canteiros com tamanho adequado para o plantio de árvores”, aponta.

Mais um fator limitante encontrado no município, segundo ele, é o solo raso e rochoso, que não permite a abertura de covas e o bom desenvolvimento das plantas. Há ainda a deficiência de nutrientes e o ataque de pragas. “Varia conforme a situação, cada muda precisa ser analisada individualmente para determinar o problema com mais segurança”, enfatiza Crestani.

Quanto aos critérios para escolha das espécies, o biólogo explica que foram selecionadas plantas com viabilidade para calçadas, que atingissem porte pequeno a médio, com estrutura de copa que não interferisse no trânsito de pedestres na calçada e com qualidades paisagísticas.

A prefeitura lembra, ainda, que a população pode plantar árvores nas calçadas, atentando para a utilização de espécies adequadas, e que dúvidas podem ser esclarecidas junto à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. “Precisa haver o interesse da população, seja com o Arboriza, seja individualmente”, comenta o biólogo.

Sair da versão mobile