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Primeiro lote da vacina contra Mpox chega ao RS nesta terça-feira

Crédito: Divulgação

Chega ao Estado nesta terça-feira (13/3) o primeiro lote de vacinas contra a Mpox, popularmente conhecida como varíola do macaco. Serão 1.384 doses do imunizante para aplicação em duas etapas, com intervalos de 30 dias, nos grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus Monkeypox, causador da doença.

A data de início da vacinação deverá ser definida nos próximos dias. “Primeiramente vamos mapear onde as pessoas estão, os serviços especializados nos municípios e organizar a distribuição e a estratégia com cautela para garantir o acesso da população-alvo”, explicou Fernanda Maria da Rocha, da Rede Estadual de Núcleos de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Segundo ela, as vacinas ficam congeladas e têm validade até 2025, sem risco de perda no momento.

Público-alvo

Do total de vacinas, 1.360 serão usadas na primeira e na segunda dose de imunização de 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses, que fazem parte do grupo de pré-exposição. Conforme Fernanda, são pessoas com a condição imunológica bastante prejudicada, com maior risco de adoecimento e de morte caso sejam contagiados pela Mpox.

Outras 28 doses serão usadas na vacinação de 14 pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, que fazem parte do grupo pós-exposição.

Ainda não há definição para a chegada das vacinas destinadas a profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causador da Mpox, em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Cenário epidemiológico

No total, o Ministério da Saúde deve distribuir 46 mil doses através do Programa Nacional de Imunizações, obedecendo a liberação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Informe Técnico do Ministério da Saúde considera que o atual cenário epidemiológico da Mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil. Segundo o documento, a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos. Ainda, a atual estratégia de vacinação objetivaria a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença.

 

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