De acordo com a Avaliação de Páscoa 2023 elaborada pela Fecomércio-RS, a data este ano deverá ser marcada pela compra de tickets mais baixos, como ovos de menor gramatura, barras de chocolate e bombons. Apesar de fatores como cenário de pandemia controlado, o mercado de trabalho aquecido (taxa de desocupação em 4,6% no RS) e o rendimento médio real do trabalho 10,8% superior ao do mesmo período de 2022, a totalidade da conjuntura não é favorável, seduno a federação.
No Rio Grande do Sul, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor aponta que 39,5% das famílias têm algum tipo de conta em atraso. As taxas de juros ao consumidor permanecem em patamares bastante altos e a Intenção de Consumo das Famílias está atualmente em 83,1 pontos. O valor é o mais alto desde abril de 2020, mas ainda está abaixo dos 100 pontos que marcam a neutralidade. “Apesar de esperamos boas vendas na Páscoa 2023 na comparação com o ano passado, ainda temos elementos no cenário que impedem uma venda maior”, afirma o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.
Mais caro
Também conforme a Fecomércio-RS, o chocolate está mais caro que a média dos bens e serviços da economia. O produto em barra e os bombons estavam 11,9% mais caros na Região Metropolitana de Porto Alegre em fevereiro deste ano em comparação ao mesmo período de 2022. Já o chocolate e o achocolatado em pó tiveram aumentos ainda mais significativos: 22,5% nessa mesma base de comparação.
A Páscoa movimenta, além do mercado de chocolates, o de outros alimentos, com destaque para os peixes. Os pescados estão 4,09% mais caros em fevereiro de 2023 na Região Metropolitana da capital gaúcha do que no mesmo período de 2022. Já nos serviços, o feriado prolongado tende a favorecer as regiões turísticas.