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Parque Poliesportivo é alvo de vandalismo após receber reparos

Pichação foi feita um mês após paredes serem pintadas / Crédito: AI

O Parque Poliesportivo, do Bairro Canabarro, completa 21 anos no sábado (20/5). Com espaço para recreação das crianças, prática de esportes e lazer para as famílias, algumas questões como pichação de paredes está preocupando os frequentadores. Isso já havia acontecido, mas recentemente voltou a ser registrado.

O responsável pelo cuidado do local, conhecido como Chico, diz que assumiu o parque em outubro e, desde então, tenta manter tudo em ordem. Em abril, pintou as paredes internas e externas dos banheiros, pois estavam há tempo sem receber reparos e já tinham escritas. Em menos de um mês, os vândalos picharam novamente. “É triste, porque eles vieram em um sábado de chuva, de noite. A polícia foi avisada, mas estava cobrindo um evento em Paverama”, relata ele.

Com frases e algumas escritas avulsas, o lado interno e externo dos banheiros estão com essa marca, que inclusive tem assinatura. “Meu filho procurou para entender o que era. Olhou no Instagram e parece que um dos meninos que fez é de Portão. Parece também que é algo relacionado a um jogo, mas nada disso é certeza”, argumenta Chico.

A prefeitura planeja novamente pintar as paredes e já tem licitação para colocar câmeras de segurança pelo parque para evitar isso. “O prefeito diz que uma das ideias é reformar os banheiros também, mas para isso precisamos ter as câmeras para evitar mais vândalos e, se tiver, saber quem são para punir”, justifica.

Outra questão levantada pelo responsável e também por moradores do bairro, é que de noite o espaço é dormitório de usuários de drogas. “Acontece muito de eu chegar de manhã e ter gente dormindo nos banheiros, mas eu peço para saírem, tudo com respeito e limpo. Assim fica limpo para a comunidade usar ao frequentar o parque”, conta. Chico vai todos os dias no Poli, como o parque é conhecido, durante a semana para limpar, e nos sábados e domingos de manhã para organizar os banheiros e repor papéis.

Ela frisa que a comunidade local ajuda sempre mantendo a limpeza, usando os espaços e cuidando dos brinquedos. “Dificilmente acho um lixo no chão, ou um brinquedo estragado. E as escolas também usam os espaço para jogar bola, caminhar e brincar. Temos essa união aqui”, comenta.

Parque Poliesportivo foi inaugurado há 21 anos / Crédito: Eduarda Wenzel

LAZER

Para as vizinhas Bruna Planthold e Ivonir Costa da Silva, que moram do lado do parque, esse é um lugar bonito e muito bom para tomar chimarrão à tarde. “É um espaço que está mais cuidado, foi pintado, a grama agora está bonita, nós gostamos daqui”, falam juntas.

Contudo, de noite elas acham perigoso. “Depois das 20h já não se vê o pessoal usando o parque ou caminhando, porque tem outras pessoas que usam para fumar e outras coisas. Daí fica mais perigoso”, diz Ivonir.

Além disso, o mato que tem atrás do espaço também é indicado como um um ponto negativo, alertam as duas. Tanto pelo motivo citado por Ivonir, quanto pelos bichos. “Teve uma época que nem a grama cortavam no parque e deixavam cavalos amarrados. Um dia minha filha estava brincando e tinha uma cobra. Depois disso começaram a cuidar”, conta a Bruna.

Sobre esse mato, elas já procuraram a prefeitura para tentar cortar, porém é uma área de preservação e não pode ser mexida. “Já veio juíza ver e ela disse que por ser menos de três metros poderiam mexer ou podar, mas é um terreno particular e não entraram em um acordo com a dona”, explica Ivonir.

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