Na manhã de sábado (1º/7), um procedimento inédito na região do Vale do Taquari foi realizado no Hospital Estrela, da Divina Providência (HE). A paciente Luana Schmidt, de 28 anos, do município de Imigrante, recebeu um implante coclear.
A cirurgia foi financiada pela empresária Elka Hassmann, por meio de articulação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social, que também viabilizou as consultas e exames pré-operatórios.
O implante coclear é utilizado para restaurar a audição nos pacientes portadores de deficiência auditiva profunda e que não se beneficiam do uso de aparelhos convencionais.
Conduziram a cirurgia o médico otorrinolaringologista do HE, Dr. Thiago Carvalho, acompanhado do professor Dr. Joel Lavinsky, médico otorrinolaringologista e otologista especializado em cirurgias de ouvido, e do médico otorrinolaringologista Dr. Cassiano Dal Monte Gallas, bem como uma equipe de profissionais especializados.
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Em 2003, Luana descobriu um tumor no cérebro. A doença fez com que ela perdesse gradativamente a audição. Hoje, a jovem se comunica por meio do telefone celular, que decodifica o som da voz em palavras, e então ela pode ler e responder. “Estou ansiosa para ouvir novamente, ter autonomia, me relacionar melhor com amigos e familiares”, conta. O procedimento foi considerado um sucesso, com elogios elogios dos familiares da paciente a todos os profissionais envolvidos.
Conforme o Dr. Thiago Carvalho, no implante, o equipamento eletrônico computadorizado substitui totalmente a estrutura do ouvido de pessoas com deficiência auditiva severa a profunda ou profunda. “O implante estimula, diretamente, o nervo auditivo através de pequenos eletrodos, que são colocados dentro da cóclea, e o nervo leva estes sinais para o cérebro”, explica.
O procedimento
A secretária Jóice Cristina Horst falou sobre o caminho percorrido até aqui. “A paciente estava em acompanhamento SUS Porto Alegre, mas não existe previsão de procedimento, já que realizam dois por ano e a fila é extensa. Estamos engajados nessa causa há cerca de um ano, quando a família nos procurou e não tínhamos viabilidade de arcar com o procedimento via município. Foi então que recebemos uma ligação da dona Elka Hassmann, que tem um vinculo afetivo com a família e se propôs a acolher esse procedimento”, relata.
Conforme a chefe da pasta, as conversas iniciaram com o Hospital Estrela, e depois de acertados os detalhes entre paciente e equipe médica, o dia chegou. “Todos estavam muito ansiosos, e correu tudo bem. Agora, a Luana vai passar 30 dias em recuperação para cicatrização definitiva e após será realizada a primeira ativação e mapeamento do implante coclear”, situa.