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Mais de 3 mil crianças exploram universo literário na 10ª Feira do Livro de Teutônia

Crédito: Camille Lenz da Silva

Depois de dois anos sem ocorrer, a 10ª edição da Feira do Livro de Teutônia recebeu cerca de 3 mil alunos durante os três dias de programação. O evento foi realizado na Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL) e contou com obras literárias de três livrarias, apresentações, cooperativas escolares, projetos de turmas e outras atividades.

Ana Petter, supervisora dos Anos Finais do Ensino Fundamental de Teutônia, explica que este é o primeiro grande evento unindo escolas desde o período pandêmico, quando a feira foi realizada de forma virtual. “Percebemos que as crianças circularam e queriam levar o livro físico para casa. O físico nos seduz, é uma questão de identificação. Sentíamos falta disso”, diz. Ela reforça que para desenvolver o hábito da leitura, é preciso ler o que nos atrai. “Posteriormente, a mente expande e deseja novidades, e aí migramos para outros tipos de literatura.”

A secretária de Educação de Teutônia, Fabiana Lampert, se diz satisfeita com o número de atrações e a quantidade de pessoas que vieram prestigiar o evento, desde alunos à comunidade. “A feira foi dividida em dois momentos, sendo o primeiro com os autores presentes nas escolas. Foram meses de trabalho em cima das obras, que culminaram na exposição dos trabalhos das escolas municipais e comunitárias durante o evento. Os professores se dedicaram muito, assim como os alunos”, aponta.

Ela ressalta que o trabalho de incentivo à leitura continua nas escolas, mas também deve ser estimulado pela família, em casa. “As telas vieram para ficar, mas que não esqueçamos dos livros, que nos fazem viajar por outras culturas e mundos. Não há como dimensionar a importância que o livro deveria ter na vida das pessoas”, finaliza.

Experiências

Miguel Palamar Kovalski (14) é um exemplo de que o gosto por outros estilos de leitura é passível de ser aprimorado. O aluno do 9o ano da Emef Professor Teobaldo Closs adquiriu o box de livros do Júlio Verne, mesmo gostando de ler mitologia antiga. Ele diz que gosta de ler para entender mais sobre o passado, e gostou da feira. Já Luana Gabriela Flores (13), aluna do 8º ano da Emef Leopoldo Klepker, comprou três livros. Ela aponta que não costuma ler muito, mas que se sente atraída pelas obras. “Esse ano comecei a ler, e acabei comprando os livros para ler mais. Gostei muito da feira, ainda mais porque trabalhamos as obras na escola – vi vários trabalhos e é muito legal, pois um é mais diferente que o outro”, completa.

Construção

Neste ano, a Feira do Livro teve como madrinha a professor Cláudia Redecker Schwabe, que recebeu uma homenagem na abertura que ocorreu na quarta-feira. Ela diz que é imprescindível que espaços como a feira sejam criados. “A feira é a culminância de algo que vem sendo construído, e em educação eu acredito que tudo tem que ser construído”, aponta. Ela deseja que seja algo que sempre ocorra pois envolve diferentes questões culturais, artísticas e diferentes perspectivas reunidas. “Isso é o bonito da feira”, opina.

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