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Sindicato da Alimentação mobiliza trabalhadores por paralisação da Lactalis em Teutônia

Trabalhadores estão do lado de fora após Sindicato definir por paralisação por não concordar com proposta da empresa // Crédito: Divulgação

Os funcionários da indústria de laticínios Lactalis chegaram para trabalhar na manhã desta quarta-feira (25/10), em Teutônia, mas encontraram os “portões fechados”. De acordo com alguns colaboradores, “chegamos agora pra trabalhar e ninguém entra”. As informações inicialmente obtidas é de que inclusive integrantes dos cargos de chefia também não puderam entrar.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação (Stica) anunciou a paralisação das atividades, com possibilidade de se transformar em greve. “Estamos buscando valorização salarial e reconhecimento e perdas na inflação que não foram repassadas aos trabalhadores no decorrer dos anos”, disse o presidente do Stica, Pedro Mallmann.

Mallmann também informou que houve duas rodadas de negociação com mediação do judiciário, mas sem êxito na ótica do sindicato. “Por isso, decidimos fazer a paralisação”, afirma.

Conforme o dirigente sindical, a empresa não vem atendendo as reivindicações dos trabalhadores. O debate entre Sindicato e a Lactalis vem ocorrendo desde agosto – no dia 24 foi rejeitada a proposta da empresa.

No dia 28 de setembro, os trabalhadores decidiram, em assembleia no acesso à empresa, por decretar estado de greve – se em 72 horas a empresa não se manifestasse, os trabalhadores poderiam parar a qualquer momento. Na votação, o estado de greve foi aprovado por ampla maioria – apenas sete dos 275 votantes foram contrários.

A proposta do sindicato à época pedia reajuste de 5,74% no salário e demais cláusulas econômicas, com 2% de aumento real. Conforme o sindicato, em 2021 e 2022 a empresa pagou 80% da inflação no reajuste.

A proposta da empresa no dia 28 de setembro foi de reajuste de 3,74% nos salários retroativos a junho/2023, reajuste de 3,74% nas demais cláusulas econômicas, reajuste no vale-alimentação de 10,25% de R$ 195 para R$ 215 com coparticipação de R$ 8,00, e reajuste no valor da refeição diária no refeitório diminuindo em 20% a coparticipação, de R$ 1,62 para R$ 1,29 por dia. A empresa diz que atende a reposição inflacioária do ano e concede outros benefícios adicionais.

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