A Promotoria de Justiça de Teutônia recebe o retorno, desde a segunda-feira (8/1), do seu primeiro titular. André Eduardo Schröder Prediger volta à cidade depois de 12 anos em Encantado e outros 3 em Taquari, além de além de trabalhar em caráter de substituição em outras cidades como Arvorezinha e Guaporé. Ele substitui o promotor Jair Franz, que pediu transferência após sofrer atentado em 17 de outubro de 2023. “É uma grande alegria retornar a Teutônia, que sempre teve um lugar muito especial no meu coração por ter sido minha primeira promotoria, lá no início dos anos 2000. Parece que estou voltando pra casa”, diz ele, que atuou por 7 anos no município.
Prediger foi o único a pôr seu nome à disposição no edital da comarca, que é aberto a todo o Estado. Tendo 22 anos de carreira, foi chamado pelo critério de antiguidade. O edital foi julgado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Ele acredita que o fato pelo qual passou o promotor Jair Franz tenha influenciado na falta de nomes interessados. “O atentado trouxe bastante mídia para o município e me parece natural que aqueles que não conhecem Teutônia se admirem e evitem”, aponta.
André se diz tranquilo em voltar à Teutônia, uma vez que conhece a cidade e a comunidade. “Vim de duas comarcas onde havia índices mais altos de criminalidade. Somente em 2023 em Taquari foram 9 homicídios, sem incluir as tentativas. Em Encantado também não era diferente. Aqui, estamos há mais de 2 anos sem homicídios”, cita.
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Tendo sido o primeiro titular da Comarca de Teutônia, que responde também por Westfália, Paverama, Imigrante e Poço das Antas, Prediger iniciou toda a implantação do Ministério Público na cidade. Foi responsável por disciplinar o leilão de lotes públicos em 2005, ação que gerou grande repercussão na população.
Se considera uma pessoa simples e acessível. “Sou filho de promotor, cresci nesse meio e para mim o Ministério Público sempre foi natural. Venho para cá para ser mais um no auxílio, para trabalhar de forma colaborativa, seja com as administrações públicas dos 5 municípios que compõem a comarca, seja com o poder judiciário, polícias e advogados”, revela. Ele aponta ter atuado como “clínico geral” da promotoria nestes 22 anos, visto que as três cidades em que trabalhou não possuem promotorias setorizadas e especializadas. Tem experiência nas áreas de Direito Público, com ênfase no tema da defesa dos interesses difusos e coletivos. Prediger é natural de Santo Ângelo, mas mora há 35 anos na região. Seu pai, Rui Prediger, foi promotor titular em Venâncio Aires e em Taquari na década de 1990.