O diácono Rodrigo Henrique Schneider chega à Paróquia Nossa Senhora do Rosário para atuar junto com o padre Pedro José Ritter. Rodrigo ainda será ordenado padre em abril deste ano e deve permanecer trabalhando junto à Paróquia. O novo diácono conta sobre a sua trajetória e seus treze anos de seminário. Junto às 11 comunidades em que atuará, entre Teutônia e Westfália, ele pretende intensificar o papel da Igreja e estar à serviço de toda a população.
Para ele, a procura pela formação religiosa e a carreira de seminarista é uma questão de escolha. Ele percebe que há uma queda na procura por essa formação. Porém, enfatiza que o papel da Igreja se faz importante em uma sociedade como a atual, sobretudo no âmbito do acolhimento.
“Essa acolhida, escuta, o momento de encontro pessoal. Muitas pessoas hoje falam: ‘Há tanto tempo fiquei afastado, mas hoje vejo que eu preciso do meu lado espiritual de novo’. A sociedade muitas vezes afastou, desligou a vida das pessoas, da sociedade, do espiritual e religioso. Hoje as pessoas percebem essa necessidade, que só o material não é suficiente. Nós temos que olhar o espiritual também. Como Igreja nós somos esse local de acolhimento para aqueles que procuram algo mais, o transcendente, Deus.”, salienta Rodrigo.
Em relação ao papel da instituição, Rodrigo reforça que a atuação das igrejas deve ser direcionada às pessoas. Sobretudo estar presente junto aos jovens e no ambiente deles. Ele percebe a falta de sentido na vida dos mais jovens diante de tantas possibilidades, parecendo não ter foco ou direcionamento. O novo diácono entende que há a necessidade de ter um projeto de vida.
“Daqui a pouco, na metade do caminho, a gente vai perceber que não era aquilo que a gente queria. Ainda dá tempo de voltar, de mudar o caminho, mas pra fazer a escolha temos que ter esse sentido, um norte de onde queremos chegar”, aconselha Rodrigo.
Ele lembra da escolha por servir. Desde criança, em Tupandi, ele tinha o sonho de ser padre. Já naquela época, entendia a importância da religião e da figura do padre na comunidade. Logo, tornou-se coroinha e seguiu atuando. Concluiu os estudos e o seminário como desenhou em seu projeto de vida. Para ele, essa escolha transcende as escolhas pessoais e está também ligada ao amadurecimento humano e da fé. Por fim, enfatiza que seu trabalho na diocese será intensificar a organização para que toda a comunidade tenha pelo menos duas missas ao mês.