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Atenção Primária em Saúde tem a “melhor nota dos últimos anos”

Crédito: Ariana de Oliveira

O Município de Teutônia alcançou 100% das metas do Programa Estadual de Incentivos para Atenção Primária à Saúde (Piaps). O programa do Estado tem como base a qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS), e consiste no repasse de recursos financeiros às cidades para investimentos em ações que fortaleçam diretamente a APS. Desta maneira, fortalece a promoção de ações preventivas e que melhorem a qualidade de vida dos munícipes.

Em uma escala de 0 a 10, Teutônia atingiu a nota 9,58. Em relação às metas do programa, esta foi a maior nota dos últimos anos, segundo o prefeito Celso Aloísio Forneck. O secretário da Saúde, Juliano Renato Körner, explica que as ações pontuais por parte da gestão da pasta foram fundamentais à nota. Uma delas é a promoção de alimentação saudável a partir da formação de grupos de acompanhamento das escolas aos postos de Saúde. Em parceria com a Univates, o município promoveu práticas de combate à obesidade infantil.

Outro ponto se refere às Práticas Integrativas (PIS), junto aos fisioterapeutas e grupos de saúde mental. Juliano menciona que o grande passo dado pela gestão foi a separação da área da infectologia dos demais serviços de Saúde na cidade. “Foi o que fez uma força maior para que o Estado avaliasse muito bem as metas do Município. Tem o tratamento de sífilis em gestantes, o tratamento de tuberculose. Hoje nós temos uma equipe preparada que só faz isso. É o único no Vale do Taquari que o município custeia”, detalha.

Forneck avalia que a nota é fruto dos investimentos diretos na Saúde e na promoção da qualidade de vida dos teutonienses. “Teutônia recebeu no programa Previne Brasil nota 9,10 no primeiro quadrimestre, 9,52 no segundo e, no terceiro quadrimestre, teve a maior nota conferida nos últimos anos.”

Os índices levam a crer que os serviços de Saúde estão satisfatórios. No caso da aposentada Marli da Costa Martins, moradora do Centro Administrativo, o atendimento executado pela sua UBS de referência é “excelente”. “Sempre fui bem atendida, marco a consulta por telefone e venho, como agora. Eu consigo todos os remédios que uso aqui, só está faltando o do colesterol. Todos eu consigo aqui na farmácia do posto”, comenta.

Porém, quando detectou um nódulo em sua mama, teve que recorrer à iniciativa privada e realizar os exames em Porto Alegre. O exame, realizado no ano passado, demoraria para ser executado pela Saúde da cidade: “O nódulo estava crescendo muito, eu fiz particular, não fiquei esperando. Fui juntando aos poucos, a família ajudou e assim eu fiz. Agora vim mostrar meus exames, para começar 2024 zerada”, diz Marli.

Apesar deste fato, a avaliação da usuária da UBS do Bairro Languiru é positiva em relação ao atendimento e repasse de medicações. “O posto de Saúde é preventivo, tem a grande finalidade de corrigir momentaneamente a situação e em cima disso trabalhar para que isso não volte a acontecer. Então, é uma preocupação que nós temos”, explica o prefeito Forneck.

A situação de Marli difere, no entanto, da cuidadora de idosos Antônia Costa, de 59 anos. Moradora do Bairro Canabarro, ela relata o falecimento de seu marido por covid-19 há dois anos. “Remédio quase não tem, se tiver uma doença, algo mais grave só tem dipirona e paracetamol. Meu marido, quando faleceu, não tinha nada de remédio ali, ele estava com covid, mandaram ele embora e só deram paracetamol. Uma semana depois ele faleceu. Foi na segunda vez que deu covid. Ele veio duas vezes ao posto. Nas duas vezes ele foi mal atendido”, ressalta

Ela entende que os serviços prestados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ainda precisam de melhorias quanto à disponibilidade de medicamentos.

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