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Estado, Ministério Público, UFRGS e Univates promovem capacitação para identificar áreas com risco de deslizamentos no RS

Crédito: Divulgação/Secom

O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), organizou, em conjunto com a Universidade do Vale do Taquari (Univates), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), uma capacitação sobre avaliação e monitoramento de movimentos de massa do tipo deslizamentos. A atividade é direcionada a técnicos dos municípios de Lajeado e região. O treinamento, realizado na tarde desta quarta-feira (15/5), na Univates, foi ministrado a geólogos e engenheiros pelo professor Masato Kobiyama, do IPH/UFRGS.

“No Brasil, os movimentos de massa ocorrem com chuva forte. Eles podem ser de vários tipos e cada um necessita de medidas próprias. Nós precisamos entender todos os tipos”, pontuou o professor ministrante ao introduzir o tema.

A capacitação integra um conjunto de atividades do Grupo de Avaliação de Movimento de Massa do Rio Grande do Sul (Gamma), instituído na última semana e composto por representantes da Sema, das duas universidades, da Defesa Civil estadual e do MPRS.

No discurso de abertura, a titular da Sema, Marjorie Kauffmann, reforçou a necessária união de esforços para assegurar as respostas aos eventos climáticos, apontados como cada vez mais intensos e frequentes no Rio Grande do Sul e ao redor do mundo. Nesse contexto, a titular da pasta citou a necessidade de ampliar o escopo de mapeamento também para os deslizamentos de massa, somando-o aos estudos já existentes sobre barragens.

“O evento faz parte de um conjunto de ações para o enfrentamento das enchentes e reúne voluntários para que as áreas suscetíveis a deslizamentos sejam mapeadas, primeiramente no Vale do Taquari, podendo ser expandido para demais áreas de risco. A ideia é que, a partir deste grupo, possamos ampliar a observação dos movimentos de massa para eventos futuros e que os especialistas dos municípios nos ajudem nisso. É termos vários geólogos, de várias cidades, fazendo esse mapeamento a partir de diretrizes básicas comuns”, pontuou Marjorie.

Na mesma linha, o promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, responsável pela Promotoria Regional do Meio Ambiente, destacou em seu discurso o conhecimento técnico dos presentes no auditório como um diferencial no trabalho de resposta aos eventos climáticos.  

“Precisamos que vocês somem conhecimentos e busquem encontrar o máximo de segurança possível para alertar ou para tranquilizar a população”, afirmou Diefenbach.

Mais sobre o Gamma

O Gamma busca avaliar localidades com risco de movimentação de massa, do tipo deslizamento, com especial atenção para os municípios atingidos pela catástrofe climática, começando pelo Vale do Taquari.

O GT atende ao seguinte fluxo: a demanda de vistoria de área é repassada à coordenação do grupo (Sema, MP de Lajeado e Univates); a equipe é acionada para vistoriar o terreno e elaborar o parecer técnico; o documento é repassado à coordenação; a coordenação comunica a Defesa Civil do Estado sobre a necessidade ou não de evacuação da localidade.

O grupo foi mobilizado devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, podendo receber novos integrantes conforme a necessidade. Também há possibilidade de ampliação futura para outras regiões, como a Serra gaúcha.

A ação integra a agenda ProClima 2050, que foca na prevenção, resiliência e enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas. Lançado em 2023, o plano do governo do Estado foi desenhado a partir de quatro pilares: transição energética justa; redução das emissões de gases do efeito estufa; educação e conscientização ambiental; e resiliência climática.

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