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Comitiva inicia acompanhamento de atividades de enfrentamento as enchentes no RS

Em Lajeado, senadores visitaram a beira do Taquari na ponte de ferro e no Parque Ney Santos Arruda / Crédito: Divulgação / AI Lajeado

Senadores da Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul. Criada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a comissão tem o objetivo de centralizar os pedidos de projetos de lei e emendas constitucionais de interesse do Rio Grande do Sul após as cheias. O início das visitas aos municípios gaúchos afetados começou nesta quinta-feira (20/6), em Lajeado.

Participaram os senadores Paulo Paim (PT-RS), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Leila Barros (PDT-DF) e Jorge Kajuru (PSB-GO).

A comissão esteve no gabinete do prefeito Marcelo Caumo, na Casa de Cultura de Lajeado, para ouvir as demandas do município. “Temos o grande propósito de reconstruir o que a enchente levou. É preciso buscar alternativas para o município reconstruir casas, empresas e a parte da cidade atingida, já que as enchentes estão sendo recorrentes. É um trabalho de longo prazo e precisamos do apoio de todas as esferas do governo”, destacou.

O senador Kajuru anunciou o encaminhamento de R$ 10 milhões em apoio ao Rio Grande do Sul, dos quais R$ 5 milhões foram entregues na quarta-feira (19/6) especificamente para a Saúde. Heinze ressaltou a importância de incluir o Rio Taquari e a Bacia Taquari-Antas em estudos hidrológicos para entender seu comportamento e instalar novos pontos de monitoramento. Reforçou a necessidade de pressionar o governo contra a burocracia.

Para Mourão, a União deve realizar expansão fiscal. “É dinheiro que precisa ser colocado a fundo perdido.” Leila Barros disse estar “de coração completamente partido” depois das visitas. “A destruição é vasta, e é impossível não me emocionar com tudo que vejo. Seremos mais uma voz a provocar sobre medidas provisórias, orçamentos para o estado e recursos imediatos”, comentou.

Já Paim disse que irá levar a cobrança da população para o Executivo Federal. “Entregaremos os documentos com as demandas diretamente aos ministérios responsáveis e ao Congresso Nacional”, comunicou.

Depois do encontro na Casa de Cultura, a comissão seguiu para a beira do rio, junto ao Parque Ney Santos Arruda, para verificar os estragos da enchente junto às barrancas. Depois, o grupo foi até a Ponte de Ferro, onde fez a travessia sobre o Rio Forqueta a pé para ver de perto os prejuízos. A comissão seguiu viagem para visitas e encontros em Roca Sales e Encantado.

Visitas e audiência

Na Cidade da Amizade, o grupo esteve na propriedade rural de Lorenço Caneppele, na Linha Bento Gonçalves. Acompanhado da esposa, filhos e seus pais, o produtor revelou que a área de terra pertence à família há mais de 130 anos. A cheia do Rio Taquari destruiu a lavoura, bem como a residência. Caneppelle pediu apoio dos senadores e destacou que, se não houver anistia e subsídios, será impossível recomeçar, tampouco honrar os compromissos.

Na terra do Cristo Protetor, foi realizada audiência pública no auditório da Prefeitura, com a participação da comunidade regional. Os senadores ouviram sugestões de medidas para amenizar os problemas enfrentados pela região, especialmente na reconstrução de moradias, dragagem do rio e retomada do comércio e indústrias.

Para o prefeito roca-salense Amilton Fontana, “os pés sujos de barro” da comitiva foram fundamentais para que os senadores tomassem conhecimento da realidade do Vale. “Eles tiveram a dimensão exata do quanto Roca Sales e região precisam de ajuda”, pontuou.

Já Jonas Calvi, gestor de Encantado, afirmou que, antes da reconstrução, é preciso a prevenção. “O Rio Taquari está doente e precisa de olhar atento. Nós, prefeitos, queremos técnicos qualificados para termos esse olhar e avaliar as melhores medidas”, disse. Ele citou que o Município se pôs à disposição para ter um Centro de Resiliência Climática. Pediu ainda prioridade para a classe produtiva, tanto na agricultura como das empresas.

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