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Inverno terá períodos de frio intenso menos frequentes e chuvas acima da média

Crédito: Diulgação/AI Univates

O inverno iniciou oficialmente às 17h50min da última quinta-feira, 20 de junho, no Hemisfério Sul. Para o Vale do Taquari, a tendência é de que o mês de julho registre as menores temperaturas médias e de que a estação tenha chuvas distribuídas de forma mais irregular ao longo de julho e agosto. O Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Universidade do Vale do Taquari – Univates divulgou o boletim da estação, destacando os principais prognósticos para o inverno na região.

Características típicas do inverno

Tendências para o inverno na região do Vale do Taquari
Segundo os Centros Internacionais de Meteorologia, a região está sob neutralidade climática, sem a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. Contudo, de acordo com dados da Administração Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, há uma probabilidade de 65% de que o fenômeno La Niña retorne no trimestre que compreende os meses de julho, agosto e setembro deste ano.

O La Niña está previsto para começar na segunda metade do inverno. Ainda assim, não se espera uma influência significativa durante esta estação. Devido ao seu estabelecimento tardio e ao processo gradual de resposta da atmosfera, os efeitos serão mais perceptíveis no início da primavera.

Os eventos de frio intenso continuam a ocorrer no inverno, mas tendem a ser menos frequentes e menos duradouros. Espera-se a ocorrência de ondas de frio, com geadas mais amplas e fortes, especialmente nos meses de junho e julho, quando o frio pode ser mais rigoroso. O Vale do Taquari costuma registrar as menores temperaturas mínimas absolutas em junho, e em julho as menores temperaturas médias.

Para o final da estação, a tendência é de dias com grande amplitude térmica, e não se descarta a possibilidade de ondas de calor em setembro. Além disso, episódios de frio com chance de geadas tardias podem ocorrer tanto em agosto quanto em setembro, mês que marca o início da primavera.

A tendência para o trimestre é de que as precipitações fiquem acima do padrão climatológico, sendo a média trimestral de 461 mm. O prognóstico é de um inverno com chuvas distribuídas de forma mais irregular ao longo de julho e agosto.

Devido aos frequentes bloqueios atmosféricos que atuam na região central do país durante o inverno, há chances de eventos de chuvas volumosas até o final da estação. Esses eventos extremos de precipitação podem causar transtornos à população. Agosto e setembro tendem a ser os meses com maior risco de temporais e episódios de tempo severo, incluindo tempestades de granizo e vendavais. Por isso, é importante que a população fique atenta aos alertas de curto prazo emitidos pelos institutos de meteorologia, Defesa Civil e autoridades locais.

Como funciona a previsão do tempo do NIH?
A previsão do tempo é organizada a partir da compilação das informações disponíveis em diferentes portais de clima e tempo, além do acompanhamento de variáveis meteorológicas registradas pela estação meteorológica da Univates, em Lajeado, e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Para isso, o setor consulta as mais variadas fontes, como: imagens do satélite meteorológico GOES 16 e modelos numéricos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), imagens de radar meteorológico divulgadas pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet), mapas de previsão do tempo do National Centers for Environmental Prediction (NCEP/NOAA) e do Windy.

O NIH
O Núcleo atua nas áreas de meteorologia e hidrologia. Suas atividades consistem no monitoramento de elementos meteorológicos e hidrológicos, elaboração da previsão do tempo e transmissão dessas informações para veículos de comunicação da região.

O NIH também acompanha alertas meteorológicos e hidrometeorológicos emitidos pelos sites do Inmet, Inpe e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Além disso, as variáveis meteorológicas obtidas pela estação meteorológica instalada no campus da Univates, em Lajeado, formam um banco de dados de 19 anos, que pode ser utilizado tanto pelo público acadêmico quanto pelo privado

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