A inteligência artificial (IA) generativa tem enorme potencial para transformar pequenos negócios e resolver desafios que antes pareciam insuperáveis. É capaz de criar novos conteúdos, como textos, imagens e até músicas, a partir de dados fornecidos, oferecendo soluções criativas e personalizadas que antes demandavam muito tempo ou recursos. Essa foi a temática da sétima edição do Almoço Empresarial da CIC Teutônia em 2024, realizada na sexta-feira (18/10).
A palestra “Inteligência Artificial Generativa – o novo integrante da sua equipe” foi apresentada pelo professor das áreas de Engenharia e Tecnologia da Univates, Edson Moacir Ahlert, especialista em Tecnologias na Educação e mestre em Ambiente e Desenvolvimento. De maneira didática e usando exemplos práticos, ele apresentou como a IA pode impulsionar empresas, resolver desafios e transformar negócios, impactando a maneira como trabalhamos e inovamos, agregando valor às equipes, otimizando processos criativos e automáticos, além de abrir novas possibilidades no desenvolvimento de produtos e serviços.
“Para entender melhor como isso pode beneficiar pequenos empresários, pense em uma empresa que deseja criar uma campanha de marketing atraente e personalizada, mas que não possui uma equipe de marketing grande ou recursos significativos. A IA generativa pode ajudar nesse desafio ao criar textos publicitários, gerar imagens promocionais e até sugerir estratégias de comunicação direcionadas ao público-alvo. Isso automatiza partes complexas do processo criativo, permitindo que os empresários se concentrem na definição da estratégia e nas interações pessoais com os clientes. Para os pequenos empresários, isso se traduz em campanhas mais rápidas, personalizadas e eficientes, sem a necessidade de grandes investimentos. O resultado é uma forma de alavancar a eficiência e a inovação que antes estavam fora do alcance de muitos negócios”, enumerou.
Os Almoços Empresariais da CIC Teutônia contam com o patrocínio de Certel, Colégio Teutônia, Dinda Card, Fabricato Pré Moldados, Reinigend, Sicredi, Zart Supermercados e Univates, com o apoio de Grupo Popular.
Inovação
Ahlert também frisou as mudanças relacionadas à forma como trabalhamos e inovamos. “Muitas das tarefas que eram repetitivas ou administrativas estão sendo simplificadas por sistemas inteligentes, permitindo que os empresários e suas equipes foquem em atividades mais estratégicas e criativas. Isso cria um ambiente onde a inovação pode florescer, pois as pessoas têm mais tempo para pensar em novos produtos, novas formas de atender ao cliente e em soluções fora do padrão. A IA se torna uma espécie de aliada silenciosa, cuidando do trabalho pesado enquanto os humanos concentram sua energia no que mais importa: resolver problemas de forma criativa e humana~, opinou.
Para o palestrante, a IA já está se tornando um “novo integrante” das equipes, o que não seria um futuro distante, pelo contrário, uma realidade que avança rapidamente. “Ferramentas de IA generativa, como aquelas que escrevem textos, criam imagens ou respondem perguntas, já são usadas por muitas empresas, incluindo pequenos negócios, para facilitar o trabalho do dia a dia. Cada vez mais, a IA age como um colaborador, ajudando a responder dúvidas, criar conteúdos e até automatizar o relacionamento com clientes”, disse.
Ahlert também sugeriu estratégias que contribuem para o processo de adaptação a essa nova realidade. “O primeiro passo é entender como essas ferramentas funcionam e incorporá-las aos processos. A capacitação é crucial. Precisamos encarar a IA como uma ferramenta que veio para complementar nossas habilidades, não substituí-las. O empresário que aprende a colaborar com a IA terá um diferencial competitivo significativo”, afirmou.
Futuro
“Olhando para o futuro, a relação entre trabalho, emprego e IA aponta para um cenário em que as habilidades humanas e as capacidades da IA se complementam. Profissões que envolvem criatividade, estratégia, empatia e inteligência emocional devem ganhar ainda mais importância. No entanto, também veremos uma mudança nos perfis de trabalho, com mais demanda por pessoas que saibam operar, interpretar e colaborar com sistemas de IA. Em vez de sermos substituídos, a tendência é que tenhamos a IA como uma espécie de ‘amplificador’ de nossas capacidades, alguém que não dorme, não se cansa, mas que ainda precisa da direção e do discernimento humano para gerar valor. Dessa forma, é essencial investir em habilidades que são exclusivamente nossas, como a criatividade e a capacidade de resolver problemas complexos, ao mesmo tempo em que aprendemos a conviver e trabalhar com a tecnologia”, opinou Ahlert.
Para ele, podemos esperar um futuro no qual a IA estará cada vez mais presente em todos os aspectos do trabalho, não como um substituto temido, mas como uma parceira poderosa. “Estar preparado significa adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo e ver as oportunidades que a tecnologia nos oferece para sermos mais inovadores e ágeis, fazendo com que o nosso negócio, não importa o tamanho, possa prosperar cada vez mais”, concluiu.