A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) esteve à beira de interromper suas atividades, devido a dificuldades financeiras que começaram em 2020. No fim de 2024, chegou a ser cogitada a possibilidade de uma pausa nas atividades para 2025. No entanto, a aprovação de um incentivo por meio do Programa Pró-Esporte RS mudou esse cenário.
Alexandre Heisler, presidente da Alaf, foi reeleito para o cargo e continuará à frente da equipe em 2025. Ao refletir sobre o turbulento fim de ano do clube e os planos, ele destacou os principais desafios enfrentados pela Alaf, como as instabilidades causadas pelas cheias de 2023 e 2024 e a exaustão da equipe administrativa, que levou a decisões difíceis, incluindo a quase suspensão das atividades da equipe adulta.
Apesar das adversidades, Heisler enfatizou a importância da aprovação de projetos via a Lei de Incentivo ao Esporte (Pró-Esporte), o que possibilitou a obtenção de novos recursos para a associação. A expectativa é que, até o início de fevereiro, a publicação oficial no Diário Oficial confirme os projetos contemplados, permitindo que a Alaf continue o planejamento de 2025, com foco na renovação do elenco e melhorias na estrutura da equipe.
A captação de recursos, no entanto, permanece um grande desafio. Embora os projetos já tenham sido aprovados, o processo de captação depende da colaboração de empresas que destinam parte do ICMS ao esporte. Heisler mencionou que já estão em andamento conversas com empresas parceiras, mas que a intensificação da captação ocorrerá apenas após a publicação oficial.
Outro ponto relevante é o impacto positivo do projeto na formação das categorias de base. Em 2024, a Alaf iniciou um projeto social no Bairro Santo Antônio, em Lajeado, atendendo 45 crianças com treinamento, materiais esportivos e alimentação. Além disso, os novos projetos aprovados contemplam o apoio à equipe Sub-17 e à equipe adulta, com o objetivo de participar de competições como a Taça Farroupilha e a Série B do Campeonato Gaúcho.
Em relação ao espaço de treinamentos, a Alaf enfrenta mais uma dificuldade: a reforma do ginásio “Claudião” após a enchente de 2024. Apesar de a estrutura já ter sido melhorada, os vestiários ainda estão sendo reparados, e a associação depende da disponibilidade do espaço, o que limita a frequência dos treinos.
Custos
Quanto aos custos, Heisler comentou sobre o cenário financeiro no futsal amador, destacando a dificuldade de manter os custos elevados com os atletas. Para enfrentar esse desafio, a Alaf tem buscado alternativas, como a contratação de jovens atletas de fora da região, que recebem alimentação, hospedagem e um salário compatível com as condições do clube. A captação de atletas locais também segue em andamento, com destaque para o desenvolvimento de jogadores das categorias de base.
Amor pela Alaf
Após 10 anos à frente da Alaf, Heisler afirmou que, apesar do cansaço e das dificuldades, a paixão pelo esporte e a responsabilidade o motivam a seguir no cargo. Ele destacou a necessidade de profissionalizar a gestão da Alaf, garantindo que as funções operacionais sejam executadas por pessoas remuneradas, de modo que o presidente não precise se envolver diretamente em atividades como lavar uniformes ou transportar atletas.
Por fim, Heisler revelou que, embora tenha considerado deixar a presidência, a falta de uma pessoa disposta a assumir o cargo o manteve à frente da Alaf, com o objetivo de assegurar a continuidade das atividades da associação. Ele agradeceu à equipe da rádio pela oportunidade de compartilhar seus planos e reiterou seu compromisso de fazer o melhor pela Alaf.