Ícone do site Folha Popular

Professores iniciam preparação para celebrar os 150 anos de Emef Bento Gonçalves em Teutônia

odos os professores da escola receberam um caderno para anotar os momentos mais marcantes do ano / Crédito: Júlia Amaral

Um século e meio de história rende motivos de sobra para comemorar. Viver um momento tão importante e simbólico merece ser registrado. Por isso, os professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Bento Gonçalves, do Bairro Boa Vista, receberam um caderno especial para escrever sobre as emoções vividas ao longo do ano em que a escola celebra 150 anos de criação.

O caderno será preservado como um documento que registra a celebração. “Pensamos em guardá-lo aqui na escola como uma lembrança de quem trabalhou no ano em que a instituição completou 150 anos”, explicou a diretora, Deise Fernanda Reckziegel. Como parte dos preparativos, está a busca pelo dia e mês exatos do aniversário da escola.

Na semana passada, foi realizada uma reunião pedagógica e lançado o tema para os trabalhos de 2025: “Eu faço parte dessa história”. Em breve, haverá uma reunião com o CPM para analisar as possibilidades de programação. Atualmente, a instituição atende 173 alunos, com turmas desde o Pré A, para crianças de 4 anos, até o 9º ano. O quadro de profissionais é composto por 20 professores, três monitores ou estagiários e quatro funcionários que atuam na secretaria, merenda e higienização.

Quem faz parte da história

Deise assumiu a direção da escola este ano e logo soube do compromisso de celebrar o aniversário da instituição. “Fiquei fascinada ao descobrir a história da escola, os fatos marcantes e as muitas ideias para iniciar essa trajetória”, conta. No processo de pesquisa sobre o passado da Bento Gonçalves, um dos contatos indispensáveis é o professor Selby Wallauer. Hoje com 88 anos e aposentado, ele lecionou por 24 anos na mesma instituição.

A Bento Gonçalves representou o ponto de partida da carreira do professor, apaixonado pela profissão. Entre os momentos mais marcantes, destaca-se a eleição em que assumiu a diretoria da escola. “Senti o peso da responsabilidade. Tinha que alfabetizar os pequenos que não falavam português, desenvolver o currículo para as demais séries e preparar os alunos do quinto ano para o exame de admissão em colégios de Lajeado, São Leopoldo ou Santa Cruz”, lembra.

Foi na escola que encontrou motivação para buscar qualificação profissional. “Comecei como professor leigo, com 21 anos. Galguei passo a passo, conquistando diplomas e certificados em inúmeros encontros pedagógicos”, conta. Wallauer se formou como professor de História pela Universidade de Caxias do Sul e foi eleito vereador de Teutônia em 1982.

Mistério sobre a data de aniversário da escola

Conforme Wallauer, não há registros da data exata da fundação da escola. No entanto, sabe-se que os imigrantes alemães construíram, em Boa Vista, numa área doada pelo imigrante Jorge Hepp, um centro comunitário que consistia em uma sala de aula, um salão para reuniões e, sob o mesmo telhado, a residência do professor. “É voz corrente que isso aconteceu no ano de 1875. Na mesma área, em 1878, foi sepultada uma criança, Amália Blume, filha de Karl Blume. Hoje, o cemitério abriga mais de 100 sepulturas”, afirma.

Os registros históricos e relatos de ex-professores ajudam a construir a memória da Escola Bento Gonçalves, preservando sua trajetória e o impacto na comunidade. As celebrações dos 150 anos representam um momento de valorização do passado e de planejamento para o futuro, garantindo que a instituição continue cumprindo seu papel educacional.

Sair da versão mobile