A Escola de Natação Corpo e Água, de Teutônia, recebeu o prêmio Vida de Segurança Aquática durante o Congresso Brasileiro de Natação Infantil. O reconhecimento, conferido pelo Instituto de Natação Infantil (Inati), é resultado de uma série de ações realizadas pela escola teutoniense.
A Corpo e Água ficou entre as cinco finalistas e recebeu o prêmio diante de 600 pessoas no auditório do Centro de Convenções Rebolsas, em São Paulo, no início deste de abril.
A proprietária da Academia, professora Maira Cristina Wolf Schoenell, explica que o tema segurança aquática é trabalhado na escola de natação há quase 8 anos. Inicialmente, o foco eram os alunos de natação infantil, suas famílias e também os alunos adultos. Aos poucos, a mensagem foi sendo levada além. Afinal, quanto mais pessoas cientes das medidas de prevenção, mais vidas podem ser salvas.
Em 2023, a partir da liderança dos proprietários da Academia, Maira e Edson, em parceria com o ex-vereador Vitor Krabbe, Teutônia criou uma lei municipal instituindo o Mês de Segurança Aquática no município. A partir de então, Teutônia precisa realizar ações de conscientização e prevenção de afogamentos nos meses de novembro de cada ano.
A Corpo e Água tem sido parceira desta iniciativa, atuando de forma voluntária em ações de prevenção, sendo ponto de apoio à Secretaria de Educação. Por meio das campanhas, a mensagem sobre os riscos e o cenário de afogamentos no Brasil e sobre ações de prevenção de afogamentos chegaram a um número ainda maior de pessoas. Com a divulgação de material didático e pedagógico, as escolas municipais tiveram acesso ao conteúdo. Maira realizou treinamento com os professores de Educação Física dos educandários para que estes possam ser multiplicadores das ações de prevenção.
A campanha contou com mais parceiros, como o pediatra Fausto Steckel, proprietários de lojas infantis, escolas de inglês e turno inverso e escolas de educação infantil. A mensagem foi além do município, chegando também por meio de entrevistas de rádio e reportagens em jornal e a parceria do Grupo Popular.
Maira destaca que as pessoas sempre acham que nunca vai acontecer nada, mas o afogamento é a segunda causa de morte de crianças a partir dos 4 anos. Já os números mostram que, até os 4 anos, as crianças morrem afogadas dentro de casa, em baldes, vasos e outros elementos de risco. “As pessoas não têm noção do perigo. Uma criança jamais pode ficar sozinha em um ambiente com água, como piscinas, rios e outros. Piscinas residenciais precisam ser cercadas e os adultos nunca devem subestimar um ambiente aquático”, alerta a professora.
A partir do registro e da documentação das ações, foi possível inscrever o projeto, que agora, com o reconhecimento nacional, pode inspirar ainda mais iniciativas.