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“Se mantiverem dessa forma, pediremos a remoção da Via Láctea do projeto de concessão”, diz prefeito de Teutônia

Renato Altmann apresentou a opinião do Executivo. Crédito: Camille Lenz da Silva

Eu reunião na manhã desta quarta-feira (25/6), os prefeitos associados à Amvat discutiram sobre a nova proposta de concessão apresentada pelo Estado quanto ao bloco 2 de rodovias, que engloba o Vale do Taquari.

O prefeito de Teutônia, Renato Altmann, foi enfático ao dizer que, se o Piratini não mudar a posição quanto à ERS-128 (Via Láctea), deverá pedir a remoção da rodovia do projeto de concessão.

“O projeto caiu no nosso colo no dia 13 de janeiro. Fizemos algumas audiências públicas, mas para ‘cumprir carnê’. Nos reunimos com a CIC Teutônia, o Inspira Teutônia umas 10 vezes, fomos uma das primeiras regiões a apresentar as sugestões de melhoras no projeto. Para nossa surpresa, praticamente nenhuma foi acolhida. A nossa posição, como Teutônia, é totalmente contrária”, apontou.

A Via Láctea tem 17 quilômetros de extensão. No entanto, a proposição de duplicação envolve apenas 3,7 quilômetros – da rótula da RSC-453 (Rota do Sol) até a rótula de Languiru. “Pedimos para ampliar um pouco até, ao menos, o Bairro Canabarro. Não atenderam e tiveram a capacidade de encerrar a duplicação a 400 metros do trevo do Centro Administrativo”, reclamou.

“Sabemos que pagar pedágio por si só já é um problema, agora, pagar pedágio para prejudicar a mobilidade urbana do município, sem sequer rotatórias… Focaram muito na segurança da rodovia, sem levar em conta o contexto de movimentação da cidade”, disse.

A prefeitura solicitou que alguns trechos fossem transformados em rotatória: O Bairro Teutônia tem dois trevos. Com a nova proposta, quem sai do bairro para Languiru será obrigado a pegar a direita, ir à Rota do Sol em direção a Westfália, fazer o retorno para voltar à Via Lactea e conseguir chegar em Languiru.

“Com isso, a nossa estrada municipal (Várzea), com apenas 6 metros de largura, vai ter mais movimento. Vai represar quem vem de Westfália, Boa Vista do Sul e outros lugares. Não nos interessa. Da forma como está, somos contra. Imagina um pedágio nas proximidades da Certel, na Rota do Sol, o outro na divisa – que ainda não está confirmado – em Fazenda Vilanova. Aí, eu tenho a estrada da Linha São Jacó e da Linha Ribeiro que vão servir de fuga para os pedágios. Quem vai manter aqueles pavimentos do interior? A prefeitura”, apontou.

Citou que, durante o período mais crítico da enchete, a Via Láctea era um elo com a ERS-129. Quando a ponte estava interrompida, as pessoas iam por Linha Harmonia a Colinas. “Isso detonou com o asfalto e quem arcou foi a prefeitura. Não é ‘chorar’, é simples: vamos nos reunir semana que vem com a CIC e com o Inspira e, se mantiver assim, vamos pedir para excluir a Via Láctea do bloco 2 de concessão”, enfatizou Altmann.

Os demais prefeitos concordaram com a inviabilidade do atual modelo e devem marcar encontro na próxima semana com o vice-governador Gabriel Souza e o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.

Da mesma forma, os prefeitos concordam que não abrirão mão do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), uma das propostas para reduzir o custo do pedágio do bloco 2 de R$ 0,19 para R$ 0,18 por quilômetro.

Encontro ocorreu no auditório do HBB, em Lajeado. Crédito: Camille Lenz da Silva
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