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“A gente sonha em ser o primeiro tetracampeão regional”, almeja presidente do Brasil de Marques de Souza

Campeão Regional Aslivata em 1991 / Crédito: Arquivo FP

Fundado em 1933, o Esporte Clube Brasil de Marques de Souza é mais do que uma equipe de futebol amador: é um símbolo de identidade, resiliência e amor pelo esporte. Tricampeão regional consecutivo em 1991, 1992 e 1993 – feito inédito na história do Regional da Aslivata – o clube vive um novo momento, marcado pela reconstrução e por um planejamento sólido.

Após um ano de ausência devido à tragédia natural, o Brasil está de volta ao campeonato com uma missão clara: resgatar sua tradição e brigar pelo título inédito de tetracampeão. Liderado pelo presidente Tiago Rother, o Brasil sonha alto: “A comunidade sente falta de comemorar. A gente sonha, sim, em ser o primeiro tetracampeão. Mas com os pés no chão”, diz. Ele reconhece que o nível técnico do regional é alto e competitivo, com pelo menos sete ou oito equipes fortes. Ainda assim, confia no elenco e na preparação.

A campanha em busca do tetracampeonato será desafiadora. “Sabemos que não será fácil. São clubes fortes, com camisa e outros com investimentos elevados. Mas a gente respeita todos e não teme ninguém. Vamos brigar por cada ponto”, garante Tiago. Ele reforça que a meta não é apenas participar: “A gente não voltou só para fazer número. A gente quer título.”

Na primeira fase, o Brasil estreia em casa dia 3 de agosto, diante do Rudibar de Bom Retiro do Sul. Depois, joga contra o Boavistense (fora), Ecas (casa), Estudiantes (fora), Gaúcho (fora) e Serrano (casa). São três campeões regionais e dois vice-campeões pela frente, além de um campeão da Série B. Vida dura como será para todos neste campeonato.

A diretoria se mobilizou também para remontar um elenco competitivo. Para comandar a categoria Titulares, o clube apostou em um nome experiente: Sírio Pereira Duarte, campeão regional em 2014 com o União Carneiros. “O Sírio é um técnico vencedor, muito focado. Acreditamos que ele pode conduzir esse grupo com seriedade e responsabilidade”, afirma o presidente.

Alguns jogadores conhecidos como Mocellin e Zé Mateus retornam para esta temporada. Outros nomes reforçam, como: Vini Catarina, Flávio Torres, William Dresch, William Kochenborger e Matias Barth. “Todos vão dar prioridade para o Brasil. Foi uma exigência nossa quando a gente montou o nosso elenco. A gente teve este cuidado para os atletas darem preferência. O Brasil não pode ficar em segundo plano, porque a camisa do Brasil não deixa a gente cometer alguns erros”, salienta o presidente.

Além da ambição pelo título, o retorno ao campeonato representa uma reafirmação do papel social do clube. “O futebol amador é mais do que bola rolando. Reúne as pessoas, movimenta a economia local, dá oportunidade para os jovens e fortalece os laços da comunidade”, citando como exemplo o engajamento de patrocinadores e voluntários que se mobilizaram na retomada do clube. O Brasil não jogou em 2024, mas caiu no primeiro mata-mata de 2023 e foi até a semifinal de 2022.

Reconstrução

A campanha pelo retorno começou com a reconstrução do clube, após os estragos provocados pela enchente de maio de 2024. “A gente retirou mais de 300 cargas de lodo. Com o auxílio da comunidade e da prefeitura conseguimos reformar a sede, recolocar o piso, pintar tudo, trocar a parte elétrica e hidráulica. Tivemos 45 pessoas num sábado para limpar o salão, inclusive gente que eu jamais imaginava estar lá”, recorda Thiago. O engajamento surpreendeu: “Foi algo que nos fortaleceu. Era como se a comunidade toda dissesse: ‘o Brasil precisa voltar’”.

Diretoria

O clube aposta em uma gestão colegiada, com funções bem definidas e foco em profissionalização. “A gente vê o clube como uma empresa. Se gastar mais do que arrecada, não funciona. Por isso, tudo é feito com responsabilidade”, afirma o presidente. Titulares e Aspirantes têm comissões técnicas definidas, com liberdade para decisões técnicas, mas sob supervisão da presidência.

A divisão de tarefas tem dado resultados, segundo o dirigente: “Cada um com sua função faz a engrenagem girar naturalmente, sem sobrecarga. O clube é sério, comprometido e transparente. Por isso, temos a confiança da comunidade”, salienta. Essa confiança ficou evidente após a enchente que devastou a praça esportiva em 2023.

Paixão

A relação de Tiago Rother com o Brasil começou ainda na infância. “Participei das escolinhas. Depois virei gandula, aos 12, 13 anos, e vi o meu time do coração ser tricampeão regional. Isso despertou a paixão pelo clube”, conta. Com o tempo, o vínculo se transformou em responsabilidade: “Senti que era a minha hora de retribuir ao clube tudo o que ele fez por mim”.

O apoio da torcida motiva os dirigentes. Com a sede reformada, o clube voltará a mandar seus jogos em casa, com expectativa de bom público. “A comunidade já está nos cobrando. É bonito ver esse envolvimento. O Brasil tem história, tem camisa. A gente sente esse carinho no dia a dia.”

Atletas inscritos
Bruno Coelho Rosa
Bruno Medeiros Grassi
Delvino Roque Pitol Junior
Diorgenes Brum Eckert
Eduardo Fernandes Hendler
Fabrício da Rocha Amorim
Felix Enrique dos Santos Carvalho
Flávio Torres Ribeiro
Janilson Abdala Alves dos Santos
Lucas Lima Lopes
Lucas Sebastian Marques da Silva
Maiquel Mocellin
Mateus Francisco Taffarel
Mateus Silvino Farezin
Matheus Henrique Rodrigues
Mathias Barth
Moises Mendonça Nascimento
Nestor Arnhold Junior
Vinicius Ribeiro Catarina
Wagner da Silva Freitas
Welliton Felipe Nunes
Wiliam Samuel Dresch
Willian Alexandre Kochenborger
Ygor Souza de Freitas
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