Um investimento de R$ 5 milhões pretende transformar o antigo hospital de Poço das Antas, atualmente abandonado, em uma incubadora de empresas de alta tecnologia. O projeto é uma parceria estratégica entre a prefeitura e a Universidade do Vale do Taquari (Univates) e está previsto no Plano Plurianual (PPA) da cidade para o quadriênio 2026-2029.
O principal objetivo é diversificar a economia local, criar postos postos de trabalho e reter talentos na região. A vice-reitora da Univates, Cintia Agostini, reuniu-se com o secretário municipal de Administração, Indústria e Comércio, Romeu Forneck, na quinta-feira passada (4/9) para alinhar os primeiros passos da cooperação.
O secretário classifica a iniciativa como um “poderoso mecanismo endógeno de desenvolvimento”. “Um prédio histórico em que outrora nasciam nossos filhos e onde, agora, passarão a nascer nossas empresas”, reforça Forneck. Ele destaca o simbolismo do local, construído pela comunidade e operado por irmãs religiosas. A prefeitura manterá a propriedade do imóvel, estabelecendo condições contratuais de uso para os empreendedores.
O projeto é integrado com as áreas de educação, agricultura, turismo, assistência social e saúde do município. O objetivo é diversificar a matriz econômica, hoje bem desenvolvida e fortemente ligada à agricultura, e melhorar o perfil de renda local por meio do efeito multiplicador da tecnologia. “Já temos empreendimentos novos em fase inicial que poderão ser abrigados no espaço. Mas abrigaremos especialmente os que vierem dos nossos próprios fazeres e prospecções”, cita.
Próximos passos
Os próximos passos incluem a formalização de um Termo de Cooperação com a Univates e o lançamento de um concurso para a seleção do projeto arquitetônico de restauração e adaptação do espaço. A sustentabilidade financeira do projeto após a inauguração será garantida por meio de contratos de uso com os empreendedores incubados.
A prefeitura prevê que o retorno do investimento se dará pela geração de empregos, atração de novos moradores e movimentação da economia local, com um objetivo ambicioso de ampliar em 200% a capacidade de investimentos do município em 5 anos.
A administração municipal reconhece o valor simbólico do prédio para a comunidade e acredita que a nova função preencherá essa lacuna com um propósito renovado: desta vez, de vida econômica e inovação. Para evitar que se torne desconectado da realidade local, a estratégia prevê a integração com os planos decenais de educação e com os setores produtivos já consolidados na região.
O projeto será novamente debatido com a comunidade na próxima plenária de planejamento orçamentário (LOA), marcada para o dia 25 de setembro, na qual serão apresentados mais detalhes do cronograma e da cronologia de execução. A expectativa é que, com o apoio metodológico e científico da Univates, os riscos sejam mitigados e a incubadora se torne um caso de sucesso em desenvolvimento regional.