A Polícia Civil deve concluir o inquérito até terça ou quarta-feira desta semana, dias 5 ou 6 de setembro, sobre o atentado – tentativa de homicídio – do promotor de Justiça de Teutônia, Jair João Franz. O delegado Juliano Stobbe deve pedir a prorrogação de alguns dias nas prisões para finalizar os detalhes e entregar a documentação ao Poder Judiciário, pois o crime é complexo e houve uma quarta prisão na semana passada.
O Judiciário decretou a prisão preventiva de Eliandro Maria Vedoy da Silva (40) na quinta-feira (31/8). Ele é o quarto suspeito de participar do ataque e foi capturado pela Brigada Militar em Venâncio Aires na segunda-feira (28/8), após ter rompido a tornozeleira eletrônica. Silva é o principal suspeito de realizar os disparos contra o carro do promotor no dia 17 de agosto.
A identificação dele só foi possível após a emissão do decreto de prisão preventiva. Silva já tem condenação de 21 anos e 10 meses por envolvimento em homicídio e roubo. Ele progrediu à prisão domiciliar com tornozeleira em 26 de outubro de 2022. No processo de execução penal, Silva é defendido pela advogada apontada pela Polícia como mandante do ataque.
Outras três pessoas foram presas, em operação no dia 24 de agosto, como suspeitas de participação no atentado. A advogada Daiana Silva Toledo e o detento José Isidoro Kovalski são apontados como mandantes do crime por terem desavenças antigas com o promotor. Já Éder de Souza Lucas também participou, porém a polícia ainda não revelou detalhes.
O advogado Ezequiel Vetoretti confirmou a inimizade da advogada Daiana Toledo com o promotor Jair João Franz, mas nega envolvimento dela no crime. Na entrevista ao Grupo Popular, ele pediu que a polícia trabalhasse com todas as linhas possíveis de investigação.
No dia 17 de agosto, um atirador surpreendeu o promotor Jair João Franz quando ele chegava em casa de um jogo de futebol. O homem atirou 15 vezes em direção ao veículo – 11 balas atingiram o carro, das quais 1 acertou o promotor no braço e a bala se alojou na costela. Franz foi socorrido pela Brigada Militar ao Hospital Estrela, onde recebeu atendimento e alta na manhã do dia seguinte. O promotor não se manifestou desde o ocorrido.
Desde o atentado, as forças de segurança pública do Estado anunciaram resposta forte ao episódio.