Os clubes já começaram a inscrever e confirmar os atletas que integrarão suas equipes no Campeonato Intermunicipal Sicredi 2025. A competição tem início marcado para o dia 9 de março, após sofrer alteração por comum acordo entre as agremiações.
As oito equipes participantes foram distribuídos em dois grupos: Chave A e Chave B. Na Chave A estão Atlético Gaúcho, 11 Amigos, Poço das Antas e Canabarrense. Já a Chave B é composta por Juventude de Westfália, Esperança, Ouro Verde e SER Gaúcho.
Um dos destaques da Chave A é o clássico poçoantense entre 11 Amigos e Poço das Antas. Enquanto isso, a B tem o tradicional duelo entre Ouro Verde e Gaúcho, que retomaram atividades neste ano.
11 Amigos
O treinador do 11 Amigos, Rogério Wilhelm, destaca que o clube mudou sua estratégia de contratação e busca por atletas, visando a uma melhor formação do elenco. “Procuramos jogadores em outras regiões, saindo do eixo do Vale do Taquari para explorar novos mercados. Passamos pelo Vale do Caí, Serra Gaúcha, Vale dos Sinos e Região Metropolitana. Rodamos muitos quilômetros para minimizar os erros nas contratações e sermos assertivos”, afirma.
Poço das Antas
O presidente do Poço das Antas, Willian Franke, ressaltou que a equipe está praticamente definida, incluindo os seis atletas de fora da região. Apesar de algumas saídas, como a do lateral Léo Santos, o clube reforçou seu elenco com jogadores da casa e que já faziam parte do grupo. “A equipe estava montada desde o início do ano. Temos algumas novidades, com jogadores que ainda não haviam atuado pelo Poço e foram contratados”, destaca.
Canabarrense
A tradicional equipe do Bairro Canabarro manteve sua espinha, que participou de outros campeonatos, e priorizou atletas locais. “Jogadores de outras regiões são um complemento, mas nosso foco é a base e atletas de casa. Contamos com 22 jovens treinando semanalmente para chegarmos bem preparados. Além disso, utilizaremos atletas do segundo quadro no time principal para termos rotatividade e mais opções”, comenta o treinador Vanderlei Weiand “Peixe”.
Atlético Gaúcho
O Atlético Gaúcho inicialmente não participaria da competição, mas o título da Copa Vale do Boa Vista 2024, na categoria Aspirantes, mudou o planejamento para 2025. “Nossa expectativa é a melhor possível. O título motivou a nova diretoria a formar um time jovem com atletas dos Aspirantes, que agora terão a chance de jogar no Titular. Queremos promover novos talentos, sempre cientes da força dos adversários”, afirma o presidente Fernando Bauer.
Juventude de Westfália
Com reforços vindos do Taquariense, o vice do Campeonato Regional de 2024, Juventude de Westfália, segue com negociações por novos atletas. O treinador do Aspirante, Léo Kliks, destaca que a comissão técnica aproveitou o período sem jogos para avaliar jogadores em outras competições. “Ainda estamos analisando nomes, e alguns atletas do Aspirante subirão para o Titular. Percorremos o Rio Grande do Sul em busca de reforços para garantir uma boa formação para o torneio”, explica.
Esperança
O Esperança, do Bairro Languiru, Teutônia, também finalizou a inscrição de seus atletas. Segundo o presidente Edivan, o elenco vem sendo montado desde outubro de 2024, com reuniões e avaliações de jogadores experientes no futebol amador que equilibrem a equipe com possíveis novos prospectos. “Trouxemos atletas que já passaram pelo clube e aproveitamos alguns mais novos. Ainda realizamos e vamos realizar amistosos para mobilizar e preparar os elencos do Titular e Aspirante”, destaca.
SER Gaúcho
Após um período de incertezas, a Sociedade Esportiva Recreativa Gaúcho retorna ao futebol amador em 2025. Laudenor Brune, membro da comissão técnica, revelou que jogadores renomados da região estão confirmados. “Josué e Marquinhos, campeões da Série A pelo Juventude de Guaporé, assim como Vaguinho, que também joga pela região. Estamos recomeçando, sabemos que haverá desafios e vamos cometer muitos erros em fichar jogadores, mas estamos muito animados com toda essa preparação para o campeonato”, declara.
Ele também enaltece quem faz parte dos “bastidores” do futebol amador. “Essas pessoas que fazem tudo isso acontecer e com que seja possível realizar os campeonatos”, acrescenta.
Ouro Verde
O Ouro Verde também retorna às competições amadoras, desta vez sob o comando de Júlio Danzer. A equipe treina no campo do clube, e seleciona jogadores com mais vínculos com Teutônia. Cristian Schulte, da comissão técnica, destaca que as avaliações foram além do aspecto técnico. “O Júlio citava os nomes e nós não olhávamos apenas a habilidade dos jogadores, mas também seu comprometimento e disposição para defender o Ouro Verde e se serão bons para o grupo”, aponta.
Formação de atletas
Um dos principais desafios apontados é a dificuldade de atrair jovens para o futebol amador, dado o declínio do interesse e a frustração de muitos que sonham com o profissionalismo. Para evitar a “aposentadoria precoce” de jogadores, os clubes defendem a criação de competições para atletas acima dos 23 anos. A manutenção de uma base forte, com jogadores locais, foi enfatizada como essencial para a sustentabilidade das equipes no futuro.
Divergências
O formato do campeonato também gera debates. Alguns clubes defendem um número maior de jogadores de fora, mas a decisão final foi limitar a seis atletas por equipe. Além disso, houve discussão sobre a duração do torneio. A maioria preferiu menos rodadas na primeira fase, para reduzir custos e aumentar a competitividade.
CHAVE A
CHAVE B
