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Programa habitacional do governo amplia alcance e passa a incluir famílias da classe média

Expectativa é beneficiar até 120 mil famílias ainda em 2025. Crédito: Ricardo Stuckert/Agência Brasil

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV), programa habitacional do Governo Gederal, ampliará a partir de maio sua cobertura para incluir famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. A medida marca a criação da Faixa 4, aprovada na terça-feira (15/4) pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e representa um avanço no acesso ao crédito habitacional por parte da classe média.

A nova categoria permitirá o financiamento de imóveis — novos ou usados — de até R$ 500 mil, com juros de 10,5% ao ano e parcelamento em até 420 meses. Hoje, as taxas de mercado para esse tipo de financiamento variam entre 11,5% e 12% ao ano, o que torna o programa competitivo frente às opções convencionais.

De acordo com os Ministérios das Cidades e do Trabalho e Emprego, a Faixa 4 poderá atender até 120 mil famílias ainda em 2025, contribuindo para a meta do governo de alcançar 3 milhões de unidades habitacionais financiadas até 2026, somando todas as faixas do programa.

Entenda como ficam as faixas do programa:

Financiamento sem necessidade de cota no FGTS

Como os recursos utilizados virão dos lucros do FGTS e de fontes privadas — como a caderneta de poupança e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) —, até mesmo trabalhadores que não possuem cotas no fundo poderão contratar financiamento pela Faixa 4.

Ao todo, R$ 30 bilhões serão destinados à nova faixa: metade dos lucros anuais do FGTS e a outra metade oriunda do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e das LCIs.

Critérios e restrições

A Faixa 4 está disponível apenas para a aquisição do primeiro imóvel e permite o financiamento de até 80% do valor total, sendo o restante pago pelo comprador. Imóveis usados também são permitidos, desde que se trate da primeira aquisição imobiliária do beneficiário.

Mais oportunidades para as faixas mais baixas

Famílias das Faixas 1 e 2, com renda de até R$ 4.700, passam a ter acesso ao teto de financiamento da Faixa 3, de até R$ 350 mil. No entanto, os contratos serão regidos pelas condições da Faixa 3, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano, e sem os subsídios oferecidos anteriormente.

Com a nova reformulação, o Minha Casa, Minha Vida busca alcançar um público mais amplo, reduzindo o déficit habitacional e fomentando o setor da construção civil.

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