Foi apresentada à imprensa na manhã deste domingo (9/11) a Rota dos Açores, um projeto que conecta os municípios de Tabaí, Taquari, Paverama, Fazenda Vilanova e Bom Retiro do Sul em torno de sua origem comum: a presença açoriana que marcou a formação histórica e cultural do Vale do Taquari e do Rio Grande do Sul.
A iniciativa apresentada durante a programação da 1ª Aquibom é do Instituto de Formação e Desenvolvimento Educacional (IFDE) e a realização é de Mauro Hauschild – Inteligência, Conexão e Estratégia. O projeto foi apresentado com exclusividade pelo Grupo Popular em matéria de 5 de novembro.
O projeto busca transformar o legado açoriano em um produto turístico cultural sustentável, promovendo o patrimônio, as tradições e a identidade regional como ativos de desenvolvimento.
Símbolo e identidade
A logomarca da Rota dos Açores foi inspirada no Farol de Nossa Senhora da Luz, referência espiritual e cultural de origem portuguesa. O farol representa a luz que orienta e protege, evocando a fé e a travessia dos colonizadores açorianos que chegaram ao Sul do Brasil no século 18.
O tetraedro que emana do farol simboliza a luz que une as cinco cidades da rota, em um gesto de integração e pertencimento.
História e patrimônio
O Vale do Taquari abriga um dos mais expressivos conjuntos de herança açoriana do estado. A partir de Taquari, núcleo-mãe desse processo, irradiou se o povoamento que deu origem aos municípios vizinhos. Igrejas, fazendas históricas, casarios e práticas culturais preservam viva essa memória — como a Igreja Matriz São José (século 18), a Fazenda Juliana (1881) e a Sala Açoriana, entre outros marcos.
A Rota dos Açores propõe um circuito de dois dias, conectando templos, fazendas, paisagens e experiências gastronômicas típicas. O objetivo é articular turismo, cultura e educação patrimonial, valorizando o protagonismo das comunidades locais e integrando ações com universidades, guias e agências de turismo.
Próximos passos
Entre as diretrizes apresentadas estão a criação de um comitê intermunicipal de gestão, a implantação de sinalização turística integrada, a formação de mediadores culturais e a realização de um Mês Açoriano anual.
“A ideia não é competir com as demais rotas turísticas, mas sim, complementar. É um projeto inicial e ainda pode ser configurado”, citou Hauschild.

