Teutônia fecha 14 meses sem homicídios

Conforme delegado e comandante da BM, o tráfico de entorpecentes é o maior fomentador de outros crimes

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Crédito: Divulgação

Teutônia está há 14 meses sem registros de homicídios no município. A informação é do delegado José Romaci Reis e do capitão da Brigada Militar, Fábio Bilhar. Eles entendem o número como resultado do forte trabalho de combate ao tráfico de entorpecentes por parte das Polícias Civil e Militar.

Crédito: Lucas Leandro Brune

Reis explica que o tráfico de entorpecentes é o maior fomentador de outros crimes. “A partir dele surgem todos os outros, como furto, roubo e homicídios. É o maior influenciador. Depois que eu e o capitão chegamos aqui em Teutônia, não houve nenhum homicídio. Isso se deve ao combate ao tráfico”, afirma.

Bilhar enfatiza a posição do delegado. Conforme o capitão, o tráfico de entorpecentes é um crime de arrasto. “Os homicídios, por exemplo, em geral, são cometidos por traficantes tentando tomar pontos de drogas de outra facção ou por cobrança de dívida. Os roubos geralmente acontecem porque os traficantes querem se capitalizar, ter condições de comprar armamento etc.. Os furtos no mesmo sentido. Os usuários são obrigados a pagar pequenas dívidas e optam por furtar”, detalha.

De acordo com Bilhar, antes das ações conjuntas de combate ao tráfico de entorpecentes, Teutônia registrava cerca de três ou quatro homicídios por ano. “O homicídio é o principal índice criminal que a gente ataca. Sem sombra de dúvida, é decorrência do combate ferrenho que nós temos, tanto a Militar quanto a Civil, no que diz respeito ao tráfico de drogas”, pontua.

Polícia prende criminoso”

A operação mais recente, nominada de “Não Faço Ideia”, teve como diferencial o tipo de droga apreendida e a classe social dos envolvidos. Segundo Reis e Bilhar, foi atacado o coração de quem vendia droga sintética em Teutônia. “A droga sintética é mais cara, eventualmente mais elitizada. Acreditamos que quebramos um pouco o paradigma, essa lenda de dizer que Polícia só prende pobre. Mostramos que Polícia prende criminoso, independente da classe social”, argumenta o capitão.

Para Bilhar, quando a Polícia Civil é assertiva, os mandados são cumpridos de forma exitosa. “Foi um trabalho excelente de investigação. Na maioria dos pontos que nós fomos fazer averiguação conseguimos encontrar alguma coisa de droga. Alguns locais coisas bem significativas”, especifica.

Reis esclarece que operações conjuntas são importantes pela repercussão gerada aos criminosos. “Essa operação foi menor que a anterior, mas não menos importante. A gente opta por fazer todos juntos porque é uma questão de impacto maior e, também, porque, de certa forma, eles estavam todos interligados, eles se comunicavam entre si e planejavam as ações”, informa.

Não deixamos se criarem”

Conforme o delegado, em Teutônia não existe uma briga ferrenha de facções. Ele também agrega essa estatística ao combate ao tráfico de entorpecentes. “Se existisse, com certeza, acarretaria em homicídios. A gente combate isso. Não deixamos se criarem. O objetivo é esse, cada vez mais combater onde surge um foco que pode ser ligado a essa ou aquela facção”, alega.

O delegado ressalta que não existe lugar na sociedade para criminoso. “A gente vai pra cima independente de qual facção seja. Criminoso tem que ser retirado da sociedade. Ele tem que sair do meio social porque ele não tem condições de conviver naquele meio”, reitera.

O comandante da Civil sustenta que o combate acirrado continuará. O foco é impedir a “ramificação” da criminalidade no município. “Vamos continuar observando e evitando que cresça em Teutônia. Vamos ser incessantes nisso. É uma forma de dar um alívio para a comunidade. Um criminoso solto respinga em todos os sistemas da sociedade”, diz.

Bilhar fortalece e assegura que as polícias estão no caminho certo. “Não vamos parar. Quando vemos que os índices criminais estão reduzindo por conta desse combate ferrenho, significa que sabemos que estamos fazendo um trabalho correto”, conclui.

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