Agroindústrias da região já superam expectativas na Expointer

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Abertura do Pavilhão da Agricultura Familiar teve participação do governador Ranolfo Vieira Júnior / Crédito da foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / Divulgação

Não há como falar em Expointer e não lembrar do Pavilhão da Agricultura Familiar. Este é, com certeza, um dos espaços mais procurados pelos visitantes. Ele atrai quem busca pelas delícias produzidas pelas agroindústrias gaúchas e pelas belezas confeccionadas por artesãos do estado.

Para os produtores e empreendedores rurais, a feira é uma oportunidade de apresentar sua produção para todo o estado, chegando a mercados nunca antes alcançados, além de aumentar suas vendas. A expectativa para a feira em 2022 é ainda maior, pois é a primeira a ocorrer no formato convencional desde 2019, última vez antes da pandemia.

Reconhecimento do trabalho

E os produtores e agroindústrias da região também participam do evento. De Teutônia, três agroindústrias estão expondo no Pavilhão da Agricultural Familiar. A Kolonie Haus, de Linha São Jacó, já tem experiência na feira, é a quinta vez que participam.

Michele Francine Wessel conta que a empresa gosta de participar da Expointer porque é sempre uma forma de divulgar os produtos para pessoas de todas as regiões do estado. “Além da amizade que a gente faz. Porque a agricultura familiar do estado é uma amizade muito grande, ali não tem concorrentes, são todos muito amigos”, afirma. Ela também elogia a organização do evento. “A gente nunca deixa de fazer a Expointer por causa disso”, reforça.

Michele explica que tudo depende também da localização em que a banca fica. Esse local é definido por sorteio. Segundo ela, nas outras participações sempre foi muito positivo, e mesmo na época da pandemia houve aprendizado.

Na edição deste ano, ela destaca que a empresa conseguiu um espaço muito bom, e que as venda superaram, e muito, a expectativa no primeiro fim de semana. “O que tínhamos preparado para vender no sábado e domingo, vendemos só no sábado. Então agora estamos trabalhando para conseguir levar mais produtos para a feira”, explica.

A Kolonie Haus leva diversos produtos coloniais para a feira, segundo Michele, o destaque é a linguiça do tipo alemã. “A gente leve ela mais verde, mais crua, e aquece no micro-ondas lá, então todo mundo já conhece e diz ‘a linguiça do micro-ondas. E a gente aquece e dá aquele cheirinho, e o pessoal cai em cima da banca e começa a levar”, conta.

O retorno positivo do público enche Michele de alegria. Para dar conta, ela e o marido se dividem. Michele cuida da produção, e ele fica na banca da feira, em Esteio. “Mas sábado eu fui e cheguei em casa realizada com o que as pessoas comentam. A gente é muito grato por isso, e por isso fazemos a feira. Faz nossa autoestima levantar com essas vendas. Saber que estamos trabalhando, nos empenhando no nosso dia a dia e estamos sendo reconhecidos por isso. É fantástico”, pontua.

Kolonie Haus já está na quinta participação na Expointer

Grandes vendas

A agroindústria Delícias da Emili também é uma das representantes de Teutônia, e que já acumula três participações. Segundo a proprietária, Marli Wentz, eles participam por ser uma feira muito boa, que proporciona grandes vendas.

A empresa trabalha com cucas alemães, pão de milho e bolacha pintada. Os pães e as cucas são feitos e levados diariamente para a feira em Esteio. Segundo Marli, a expectativa para a primeira feira pós-pandemia é muito boa porque as pessoas estão podendo sair após 2 anos de restrições.

E a expectativa já começou a ser atendida no primeiro fim de semana de feira. “O pavilhão da agricultura familiar estava lotado, muito bom porque não tem restrições esse ano, o acesso é livre”, avalia.

De Teutônia, a Delícias da Emili participa pela 3ª vez

Oportunidades de negócios

Em contraste a quem tem experiência na feira, estão os estreantes. A agroindústria de queijos e produtos lácteos artesanais Dorf, de Teutônia, participa pela primeira vez da Expointer. Segundo o proprietário, Jackson Jacobs, a decisão da participação se deu pelas oportunidades de negócios, venda direta e para prosperar novos negócios. “Vejo como uma ótima oportunidade de negócios”, avalia.

Na sua percepção, a feira é muito bem organizada, com boas perspectivas e que tem superado as expectativas em volume de vendas. Para ele, o primeiro fim de semana já foi melhor que o esperado. “Boa aceitação dos produtos, com um bom número de público visitando a feira que sempre prestigiam o pavilhão da agricultura familiar”, conta.

A empresa aproveitou a feira para lançar seus dois produtos que foram premiados no concurso de queijos artesanais do RS: queijos coloniais maturação de 60 dias e queijos coloniais Premium, ambos produzidos a partir de leite cru. Além de levar toda a sua linha de diferentes tipos de queijo.

Queijaria Dorf estreou apresentando seus queijos premiados

Produtos diferenciados

De Estrela, a agroindústria de leite e produtos lácteos Estrelat, também faz sua estreia na Expointer. Roberto de Oliveira e Eliana Beatriz Lenhard de Oliveira decidiram participar da feira por ela ter reconhecimento internacional e porque buscam novos clientes e a expansão da marca. “Como temos um produto diferenciado dos outros, decidimos participar. Mesmo sendo puxado para nós, porque temos todo o trabalho na propriedade”, explica Roberto.

Ele afirma que estão muito felizes e que a expectativa já foi superada logo no primeiro fim de semana. “Vai ultrapassar, e de longe, nossa expectativa de vendas”, afirma. Roberto conta que o público que visita o estande “fica apaixonado”. “Porque a gente tem um produto muito bom, com um rótulo muito bonito, um estande muito apresentável. Colocamos vaquinhas penduradas, é um estande que enche os olhos”, conta.

Mas o encantamento não fica só no visual, depois da primeira prova, a admiração vem também pelo sabor do produto. No caso, o produto levado à feira é doce de leite, natural e sem conservantes. O feedback é de que é o sabor caseiro do doce da mãe e da vó. “E é isso que queremos levar para as pessoas, relembrar a infância, trazer à tona essa memória”, afirma.

Eles levam para a feira o diferencial de produzirem o próprio leite que é usado na fabricação do doce de leite, um leite tipo A. “Então temos controle da matéria-prima. Por isso o pessoal se admira com o sabor e com a cor dele”, esclarece. Segundo ele, o interesse despertado pela embalagem e sabor do produto tem “contagiado” o público da Expointer. “A gente está muito feliz com isso”, aponta.

A agroindústria também ganhou reconhecimento do Estado como um dos 10 alimentos premium do Rio Grande do Sul. Além disso, está concorrendo como melhor alimento da Expointer. “Se Deus quiser, vamos ganhar. Temos uma esperança muito grande. Mas isso não é o mais importante, o importante é o feedback dos jurados”, deseja. A agroindústria também está entre os 10 alimentos mais diferenciados do Brasil, e concorre para ficar entre os 50 alimentos que estarão em e-book.

A Expointer segue até o domingo (4/9), no Parque Assis Brasil, em Esteio.

Estrelat levou seu doce de leite natural e sem conservantes para a feira
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