Pela terceira vez, projeto de financiamento fica baixado na Câmara de Teutônia

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Sessão foi a penúltima do ano / Crédito da foto: Paloma Griesang

O projeto que autoriza o Executivo de Teutônia a contratar um financiamento de R$ 15 milhões foi baixado mais uma vez, na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (13/12). É a terceira vez que a matéria fica baixada. Desta vez, foi baixada por meio de pedido de vistas do vereador Cleudori Paniz (PSD). As vistas foram aprovadas pela maioria dos vereadores. Votaram contra o pedido apenas os vereadores Diego Tenn Pass (PDT), Neide Schwarz (PDT), Jorge Hagemann (PDT) e Márcio Vogel (MDB).

Na primeira vez, ela foi baixada antes de entrar em votação para proporcionar a oportunidade de esclarecimento de dúvidas. Na segunda vez, na sessão passada, foi baixada por pedido de vistas do vereador Valdir Griebeler (PSDB). A sessão desta terça-feira foi a penúltima do ano. Na próxima terça-feira ocorre a última sessão do ano.

Os recursos do financiamento serão investidos, primordialmente, na recuperação de três estradas do interior: Linha Germano, Linha Catarina e Linha São Jacó. Além da recuperação de algumas vias de acesso aos bairros Languiru, Teutônia, Canabarro e Alesgut.

Na tribuna, o debate em torno do financiamento se manteve. Cleudori Paniz reforçou, mais uma vez, a questão dos juros. Ele avalia que não é momento de tomar empréstimos pois a taxa base dos juros está muito elevada. Defende que é preciso criar um projeto de recuperação da cidade, que separe cerca de R$ 10 milhões anuais no orçamento para recuperação de via. Para assim, recuperar as estradas, mas com recursos próprios.

Hélio Brandão (PTB) questionou que se hoje não há recursos para fazer as melhorias, como será quando o novo financiamento precisar começar a ser pago.

Evandro Biondo (MDB) reforçou que há muito a analisar. Reforçou sua opinião dada na sessão passada que o momento não é adequado para tomada de um financiamento devido ao cenário econômico, alta taxa de juros e troca de governo federal. O vereador sugeriu que o Legislativo repasse os recursos a que tem direito para o Executivo já no início do ano, para que as obras possam começar a ser feitas. Sugeriu ainda a redução de diárias, e um pacto de não aumentar salários dos vereadores, para gerar ainda mais sobras que podem ser destinadas a este fim.

Acredita que desta forma os vereadores podem contribuir com o Executivo para a recuperação das vias sem a tomada do financiamento neste momento. Aponta ainda que, no próximo ano, se necessário, e se perceber que o cenário tem outras perspectivas, pode até mudar de ideia e votar a favor.

Os vereadores de situação defenderam a pauta. Diego Tenn Pass questionou mais uma vez os colegas que hoje pedem por gestão, mas em 2019 aprovaram um financiamento sem nem ao menos saber as ruas que seriam beneficiadas. Afirma que concorda que o juro é ruim, mas que não há outra forma de fazer. Ponderou, no entanto, que o juro varia anualmente, e quem há economistas que indicam sua redução nos próximos anos. Defendeu que fazer gestão é fazer as coisas acontecerem.

Neide Schwarz reforçou que não há dinheiro para tudo e que outras áreas como saúde e educação tem alta demanda, defendendo assim a necessidade do empréstimo.

Márcio Vogel também defendeu que há a necessidade de recuperação das vias muito deterioradas. Disse ainda que em anos anteriores, não lembra de projetos de financiamento causarem tanta polêmica e que a situação já está se transformando em politicagem.

Jorge Hagemann avalia que se as obras não forem feitas agora, a situação ficará cada vez pior, e o asfalto cada vez mais caro, e assim o valor ficará ainda mais elevado.

Vitor Krabbe mais uma vez disse que o interior merece receber um asfalto de qualidade. Pois estas localidades dependem destas estradas para escoar produção e investir em turismo. Afirma que é momento de olhar para quem tanto espera, ainda mais no momento em que a agricultura passará a representar 40% da economia de Teutônia.

A sessão contava com um público expressivo, parte dele composta por moradores e produtores das localidades que receberão as obras, caso o financiamento seja aprovado. A nova baixa do projeto causou descontentamento, o que gerou muitos protestos. Os moradores e produtores deixaram a sessão logo após a decisão, com muitos protestos e indignação.

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