Na sessão passada da Câmara de Vereadores de Teutônia, os edis de oposição levantaram diversos questionamentos acerca das condições da frota de máquinas do Município. Hélio Brandão (PTB) chegou a dizer que apenas uma máquina estaria funcionando, e defende que os veículos foram entregues em condições pela administração passada, tendo, inclusive, mostrado uma fotografia daquela frota.
Após as acusações e de ser convocado, o secretário de Obras, Werner Wiebusch, participou, nesta terça-feira (28/3) da Sessão do Legislativo trazendo explicações na Tribuna.
Primeiramente, ele rebateu o uso da foto que era usada para defender que as máquinas na gestão passada estavam melhor conservadas. Segundo ele, duas das máquinas que estão na foto não estavam em condições de uso e tiveram que ser puxadas por outros veículos para poderem estar na imagem. “Nem todas as máquinas estavam em condições e isso foi atestado por funcionários. E 50% dessas máquinas não tinham mais condições de rodar por falta de pneus. Eu me apavorei quando assumi e vi o estado que se encontravam”, afirma.
Ele aponta que devido a isso, no primeiro semestre de 2021 foram investidos R$ 211 mil na compra de pneus. “Se estivessem em condições eu não teria que ter gasto um valor tão elevado em compra de pneus. Tinha caminhões em cima de cepos, não tinha mais o que fazer”, revela.
Ele apresentou ainda uma das máquinas, que era utilizada pelo ex-secretário, que foi a campo duas vezes e teve que ser “aposentada”. O conserto custaria um elevado valor. Wiebusch diz ainda que o ex-secretário sabia mas decidiu não fazer o reparo porque estava em fim de mandato. “Esse é mais uma, além daquelas duas que falei, que estava sem condições”, aponta. Só nesta máquina foram gastos R$ 67 mil. “Ficou meio ano parada porque eram peças difíceis de conseguir”, explica.
Segundo o secretário, hoje, a Secretaria de Obras, que atende também a Agricultura, possui quatro escavadeiras, nove retroescavadeiras, duas patrolas, um rolo compactador, um britador e 18 caminhões. “Destes 35 veículos nós temos, hoje, seis que estão em manutenção. As demais estão trabalhando. Você [Hélio] falava que tinha uma trabalhando, quem te falou isso estava bem equivocado”, complementou mostrando fotos das máquinas trabalhando.
Ele ainda explicou que houve demora no conserto de máquinas devido a uma sindicância envolvendo a mecânica que era responsável pelo serviço. E que como não havia decisão, não era possível chamar a segunda colocada na licitação. “Fiquei seis meses sem oficina, a Secretaria ficou muito prejudicada neste período”, reforça. Ele salienta que as máquinas não se desgastam por mau uso, mas pelo muito trabalho que realizam e tempo de uso.
Sobre renovação de frota, ele destaca que o atual governo comprou duas retroescavadeiras novas com recursos próprios. Disse que prefeito e vice-prefeito já foram a Brasília em busca de recursos para mais máquinas, mas ainda não obteve sucesso. Assim, pediu ajuda dos vereadores na busca por esses valores. “Para esse ano temos projetado a compra de mais uma retroescavadeira com recurso próprio. Eu reconheço que o parque de máquinas está bastante precário. Temos muitas máquinas velhas, deveria ter renovação, mas, infelizmente, dependemos do dinheiro e não podemos prejudicar outras secretarias”, opina.
Terceirizados
Brandão ainda questionou o porquê da contratação de terceirizados se a maior parte das máquinas está em funcionamento. Wiebusch relata que a demanda aumentou muito nos últimos anos. “Por incrível que pareça, a gente não consegue dar conta, por mais vontade que a gente tenha”, reforça.
Sobre o controle de horas trabalhadas pelos terceirizados, algo também questionado, ele explicou que todas as máquinas que vêm trabalhar precisam ter GPS e horímetro.
