A Cooperativa Languiru entrou com pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira (3/7). Em nota oficial, a cooperativa confirmou o ingresso de medida judicial “com vistas a proteger seu patrimônio, mais um movimento importante diante desse cenário”. O cenário ao qual a nota se refere é da crise econômica vivida e o plano de reorganização divulgado no fim de maio.
“A tutela de urgência é apresentada no momento em que a Languiru evolui nas negociações de ativos, e alguns credores promovem o ingresso de ações em desfavor da cooperativa. A medida cautelar tem o intuito de suspender medidas executivas”, destaca o presidente Paulo Roberto Birck na nota.
Ou seja, com o pedido de recuperação judicial, a cooperativa freia as tentativas de credores recuperarem valores por meio de ações judiciais. “Oportuniza mais segurança às negociações em andamento, amplia o tempo necessário para as ações que possibilitem o revigoramento da Languiru e a manutenção de suas operações”, complementa a nota oficial.
O valor da recuperação judicial apresentado no pedido seria de R$ 456 milhões, diante de uma dívida que ultrapassa R$ 1,1 bilhão. A Languiru aguarda a manifestação do Judiciário. A tramitação ainda é uma dúvida, pois recuperação judicial não seria cabível a cooperativas. Houve pedidos similares de cooperativas e o tribunal gaúcho não permitiu. O processo tramita em segredo de justiça, o que não é comum para este tipo de pedido por haver interesse dos envolvidos.
Recentemente, a Languiru anunciou medidas e ações para estancar a crise:
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