Apae Teutônia promove ações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

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Iniciou na segunda-feira (21/8) mais uma edição da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Para marcar a data, a Apae de Teutônia realiza uma semana cheia de atividades e eventos. “É uma semana sempre muito especial para o movimento Apaeano. Nos preparamos para fazer atividades diferentes. Não é uma semana para comemorar a deficiência, mas uma semana que temos a oportunidade de mostrar nosso trabalho e, principalmente, a potencialidade e capacidade das pessoas que frequentam a entidade”, destaca a diretora da Apae Teutônia, Raquel Brackmann.

As atividades diferenciadas são voltadas para os alunos e usuários da Apae, mas também busca-se envolver as famílias e comunidade. A semana iniciou com a divulgação, por meio das redes sociais, das atividades da semana. Este ano o tema da semana é “Conectar e Somar para Construir a Inclusão”.

Na terça-feira (22/8), ocorreu o Encontro das Apaes, reunindo as nove entidades da região. “Nos reunimos para pensar sobre os cuidados do cuidador. Um dia em que paramos para olhar um pouco para o profissional”, explica.

Nesta quarta-feira (23/8), no turno da manhã, as turmas dos alunos mais novos participam de uma Hora do Conto. O dia também contará com apresentações do Grupo de Danças Contemporâneas. “Eles vão se apresentar na escola 24 de Maio, onde temos bastante alunos incluídos, tanto no turno da manhã, quanto da tarde”, reforça.

Na quinta-feira (24/8) o foco será o tema da semana. “Nesse dia temos uma programação interna e a aula é voltada para esse tema”, complementa.

A sexta-feira (25/8), será de atividades diferenciadas de recreação. Na parte da manhã, as crianças menores vão para a Casa de Festas Brinquedão, em Canabarro. “Para proporcionar um momento diferente para os alunos”, salienta.

À tarde acontece um dos momentos mais esperados pelos alunos mais velhos: a Balada Especial. Este ano, a festa acontece no Canabarrense. “Para nós é comum sair, para nossos alunos o sair, muitas vezes, é ir para a Apae. Então temos proporcionar uma balada como aquelas em que a gente vai”, explica. O momento deve contar com a visita de outras Apaes da região. “Nossos alunos não querem fazer baile entre eles, eles querem conhecer pessoas novas, e eles gostam muito desse momento”, pontua.

No sábado (26/8), a semana vai se encaminhando para o fim. Em parceria com a Sicredi, a Apae realiza palestra com a atleta paralímpica Larissa Rodrigues, que integra a seleção brasileira paralímpica de natação. “Ela vai falar sobre a experiência dela. É um momento que abrimos para as famílias, para a comunidade. Ela vai falar sobre onde ela chegou. Porque muitas vezes as famílias chegam à Apae e acham que é uma sentença, mas a Apae abre um leque de possibilidades, abrem-se portas. Não só batalhamos por inclusão no meio social e escola, mas também no mercado de trabalho e da pessoa como um todo”, declara.

Na segunda-feira (28/8), a entidade fará um resgate dos melhores momentos da semana divulgando nas redes sociais. “É uma semana bem intensa, com várias atividades. Mas que para o movimento Apaeano é de extrema importância”, reforça.

Inclusão para o mundo

Raquel reforça que a intenção da Apae é proporcionar estes e outros momentos e projetos para que os alunos saiam da Apae e se integram à sociedade. “Não queremos que eles vão para a Apae e permaneçam lá dentro. Investimos no mercado de trabalho, na questão do esporte. Proporcionamos aquilo que a gente tem na nossa vida, de se destacar, de viajar. É uma forma deles estarem envolvido no mundo. Batalhamos para que eles tenham os mesmos direitos que a gente. Nós temos uma lei de inclusão que é tão ampla e bonita, mas que na prática a gente ainda tem que lutar”, defende.

Segundo ela, apesar de vivermos em um era de muita informação, a inclusão ainda não é plena. “Ainda precisamos lutar por isso, se a gente não precisasse, não estaria aqui falando tanto em inclusão, porque não precisaria, estaria acontecendo. Precisamos desse tema, porque precisamos somar e conectar para que cada vez mais essa inclusão se torne, de fato, do conhecimento de todos e a gente não precise mais brigar por isso”, pontua.

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